
Um incêndio destruiu totalmente o depósito da fabricante de eletrodomésticos Electrolux, ontem, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Cerca de 30 mil pessoas tiveram sua rotina alterada pelo fogo, segundo estimativa da Defesa Civil. Entre elas estão moradores, trabalhadores e alunos de escolas da região. Segundo o Corpo de Bombeiros, quem frequenta regiões que ficam dentro de um raio de três quilômetros do local do incêndio deve se afastar para não inalar a a fumaça tóxica que foi dispersada pelo vento e contribuiu para o aumento do número de afetados.
Os médicos Rodrigo Schurt e Alexandro Ziliotto, da Unidade de Saúde Moradias da Ordem, informaram que não receberam informação sobre o tipo de material que foi queimado no depósito. Apesar de todos os atendimentos seguirem um procedimento-padrão, esse dado é necessário para o melhor tratamento dos atingidos pela fumaça.
Uma fuligem preta se acumulou nas casas e poças de água da região. Os médicos alertam que a inalação do material é perigoso e eles acreditam que pessoas vão comparecer nas unidades de saúde a partir de hoje com sintomas de pneumonia química.
Até o final da tarde de ontem, 46 bombeiros trabalhavam no local para conter as chamas, que só devem ser completamente extintas hoje. Ainda não há previsão de quando será seguro para os moradores retornarem às suas casas, já que o vento instável não ajuda a dissipar a fumaça. Segundo a tenente Tamires, dos Bombeiros, se voltar a chover hoje, pode ser que a situação melhore.
Das 30 mil pessoas afetadas, apenas 42 haviam se dirigido ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Santa Rita até as 18 horas, de onde saíram ônibus que as levariam a dois abrigos. "Muitos moradores não querem sair de suas casas, mas, caso alguém mude de ideia, a Defesa Civil estará de prontidão para conduzi-las aos abrigos", informou o inspetor João Batista dos Santos, coordenador técnico da Defesa Civil. A PM garantiu que, para manter a segurança das casas e evitar supostos saques, o policiamento foi reforçado.
Procurada pela reportagem, a Electrolux informou que trabalha em conjunto com a Defesa Civil e os Bombeiros para conter a situação e minimizar os impactos na região. A empresa informa que "está disponibilizando unidades de saúde e assistência social" aos moradores.





