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Mizael Bispo de Souza, suspeito de matar a advogada Mércia Nakashima, está foragido, mas continua trabalhando. É o que dizem os vizinhos do bairro onde ele vive. O advogado orienta por telefone os clientes do escritório. O suspeito teria entrado em contato nesta terça-feira (13) com pessoas que trabalham no local. Na manhã desta quarta-feira (14), ninguém do bairro viu o "doutor Bispo", como o suspeito é conhecido.

A sossegada Rua Toshio Venichi, no bairro Nova Bonsucesso, em Guarulhos, na Grande São Paulo, está ainda mais calma nos últimos dias. Mizael já não é visto em sua residência há mais de uma semana. Nas casas dos irmãos, que ficam ao lado, a reportagem do SPTV também não localizou ninguém.

A vizinhança prefere não comentar o caso. Os poucos que falam não mostram o rosto, mas descrevem Mizael como um homem tranquilo, que nunca causou problemas. Ele está foragido da Justiça desde sábado (10). Mesmo assim, continua trabalhando. Ele telefona com frequência para a imobiliária que fica ao lado do escritório de advocacia dele. Na tarde desta quarta-feira, Mizael mandou uma mensagem de texto para os funcionários, pedindo que eles encaminhassem um cliente dele a um outro advogado, no Fórum de Guarulhos.

Alguns clientes do advogado ainda vão ao escritório, perto da casa dele, na esperança de encontrá-lo, mesmo com toda a repercussão do caso. Na sala de espera do escritório, a porta está trancada. Os funcionários da imobiliária dizem que a última vez que Mizael esteve ali foi há uma semana.

Mizael foi candidato a vereador nas eleições municipais de 2008 em Guarulhos. Na urna eletrônica, ele aparecia como "doutor Bispo". Recebeu 572 votos pelo PHS, o Partido Humanista da Solidariedade, e não se elegeu.

A Justiça de Guarulhos está analisando o pedido de prisão preventiva de Mizael Bispo de Souza. A prisão temporária dele foi decretada no sábado. Uma das diferenças entre esses dois tipos de pedidos é que, no caso da preventiva, a prisão é por tempo indeterminado. Na temporária, ela é de 30 dias, prorrogáveis por mais 30. Isso quando se trata de um crime hediondo, como é o caso desse. O pedido de habeas corpus de Mizael feito pelo advogado dele também não foi apreciado ainda.

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