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Educação

Forúm debate a juventude

Série de 37 encontros em 21 cidades de todo o Brasil foi idealizada a partir de uma pesquisa organizada pelo Grupo Marista

Pesquisa mostrou que alunos da rede particular reservam quatro horas semanais para estudo | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Pesquisa mostrou que alunos da rede particular reservam quatro horas semanais para estudo (Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo)

Dar voz a rapazes e garotas para que eles expressem seus anseios, medos e expectativas em relação ao seu futuro e à sociedade que os cerca. Esse é o objetivo do Fórum de Juventudes que ocorre hoje em Curitiba com o tema "Juventude, sociedade e participação". O evento trará à tona debates sobre tribos urbanas, drogas, trabalho, cultura da paz, novas expressões de sexualidade e afetividades, entre outros temas.

A série de 37 fóruns em 21 cidades de todo o Brasil foi idealizada a partir de uma pesquisa organizada pelo Grupo Marista que ouviu cerca de 11,5 mil jovens das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. "Optamos por conhecer melhor os jovens com quem trabalhamos para encontrar subsídios para potencializar o diálogo com eles. Queríamos abrir um canal para que os jovens falassem deles mesmos", explica Marilúcia Resende, coordenadora do fórum.

Embora tenham sido consultados apenas jovens ligados ao Marista – estudantes de escolas públicas e particulares entre 13 e 18 anos de idade –, Marilúcia defende que o resultado obtido vai ao encontro de outras pesquisas e pode ser discutido e comparado com jovens que vivem outras realidades. "A nossa intenção dom o fórum é dialogar com outros jovens, de outras esferas da sociedade", afirma a coordenadora.

A expectativa dos organizadores é de que cerca de 200 pessoas participem do evento. Entre os especialistas convidados para mediar e estimular o debate entre os jovens estão Thiago Bagatin, educador do Instituto de Defesa dos Direitos Humanos; Lizely Roberta Borges, assessora de mobilização e articulação comunitária; e Rafaelly Wiest, presidente do Grupo Dignidade.

Pesquisa

Entre os dados da pesquisa que mais chamaram a atenção dos organizadores está o tempo dedicado ao estudo fora da sala de aula. Enquanto os alunos da rede pública de ensino dizem reservar duas horas semanais, em média, para ler e estudar, os estudantes de escolas particulares separam quatro horas. Por outro lado, o tempo médio dispensado para a internet chega a 8 horas semanais, sendo que 80,5% dele é usado em redes sociais e programas de mensagem instantânea.

"Outro dado interessante é que 48% dos jovens de escolas particulares fazem algum curso de idioma, o que é feito por apelas 7% dos alunos de escolas públicas", compara Marilúcia. A projeção de futuro também é um aspecto que chama a atenção no estudo. Entre os entrevistados, 26,3% não têm qualquer plano para o futuro, enquanto 35,6% pensam em projetos a médio e longo prazos.

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