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Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou ontem que a operação anunciada pela Polícia Federal para identificar fraudes em concursos públicos pode levar o governo a revisar as regras para a realização de concursos públicos. "Não podemos ter concursos públicos vulneráveis, sujeitos a fraudes. A Polícia Federal tem que prender (os fraudadores) e nós temos que tomar medidas para que isso não ocorra mais", disse.

Segundo ele, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, telefonou para ele para relatar a conclusão das investigações. "É extremamente relevante. A PF está de parabéns", disse o ministro. Bernardo disse que hoje, no Brasil, cerca de 5 milhões de pessoas estudam para concurso público. Por isso, afirmou, tem que ter lisura e transparência no processo. "Eles estão mostrando que tem falhas e nós temos que tomar providências", reiterou.

O ministro disse que a Polícia Federal apurou que havia fraude não só na realização das provas dos concursos, mas também durante o curso de formação. Bernardo disse que alguns servidores identificados na operação serão demitidos. Segundo informações passadas ao ministro pela Polícia Federal, seis serão demitidos imediatamente e será solicitada a demissão de outros que tomaram posse amparados por liminar.

O ministro defendeu que a Justiça também reveja o processo de concessão de liminares. "Vamos bater duro. Quem quiser entrar no concurso tem que entrar por mérito. Não por fraude", defendeu. Bernardo contou que, segundo relato do diretor da PF, algumas das pessoas aprovadas fraudando as provas já estavam pedindo para trabalhar em áreas estratégicas do governo. "A pessoa não quer só entrar. Ainda quer fazer maracutaia", disse.

OAB

O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, afirmou ontem que a instituição quer "ampla divulgação de todos os detalhes das investigações" que resultaram na identificação de pessoas acusadas de fraudar concursos públicos em todo o país, inclusive um da OAB. "A OAB não pode e nem irá permitir que um bacharel em direito ingresse na carreira pelas portas do crime", afirmou.

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