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Congresso

Fruet evoca a memória do pai no dia da eleição

Deputado do PR vive o dia mais importante da sua carreira

Brasília – O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) passou o dia mais importante de sua carreira política evocando a memória de seu pai, Maurício, falecido há 9 anos. Muitos dos parlamentares que votaram na eleição para a presidência da Câmara foram colegas do pai do candidato no Congresso.

A lembrança foi realçada por uma carta que Fruet recebeu na quarta-feira à noite de um amigo, o eleitor curitibano Nelson Bueno. O deputado comentou a eterna confusão da imprensa, e também de colegas no Congresso, que o chamam pelo nome de Maurício. "Isso me deixa muito feliz porque tenho orgulho dele e de sua trajetória política", disse Gustavo. No discurso que fez para os colegas, a citação do pai foi a primeira. "Aprendi com ele a ter uma imagem sempre de respeito, admiração e amizade".

Mas a "presença" do pai não foi o único alento para o primeiro paranaense a disputar a Presidência da Câmara. Fruet passou o dia em companhia da noiva, a jornalista Márcia Oleskovicz. Durante a campanha, o tucano chegou a prometer se casar, caso saísse vitorioso. Antes do resultado, Márcia brincava que iria cobrar. "Para mim, se está publicado é documento. Se ele ganhar vai ter de casar", disse Márcia, noiva de Fruet há quatro anos.

Além dela, mais quatro amigos de Fruet o acompanharam para a posse do seu terceiro mandato. O deputado lamentava não ter podido dar mais atenção aos convidados, que conheceu ainda na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná. "Esses meus amigos vieram em todas as posses, mas dessa vez não consegui nem almoçar nem jantar com eles".

Vitórias

O dia de Fruet foi também de muitos apertos de mão com os deputados eleitores e uma seqüência infindável de entrevistas. Só na chegada do candidato à Câmara, pouco antes das 10 horas, foram cinco entrevistas seguidas para diferentes jornalistas e um trajeto que pode ser feito em cerca de 10 minutos consumiu quase uma hora. As perguntas e as repostas eram quase sempre as mesmas. O deputado comemorava as vitórias da candidatura, como a maior participação da sociedade no debate pela presidência da Casa e a mudança de postura dos adversários Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP) quanto ao reajuste de 91% para os parlamentares. "Eles pararam de discutir o aumento".

Oposicionista, ele também destacava a divisão da base do governo. "Ficou exposta a crise na base do governo e a dependência da Câmara com relação ao Executivo. Essa crise não pode contaminar a Câmara". O tucano destacou também o signo da renovação embutido na sua candidatura, e ressaltou que o orgulho de ser parlamentar precisa ser restaurado. "Os deputados precisam sair de cabeça erguida, e não ter de ficar respondendo a todo tipo de crítica que vem abalando a legitimidade da representação popular".

Após receber 98 votos no primeiro turno, o candidato conversou por telefone com cardeais tucanos e com integrantes do grupo da "terceira via", que lançou sua candidatura. Fruet declarou seu voto em Aldo, assim como seus colegas da terceira via, enquanto que o PSDB optou por liberar a bancada. "O presidente Aldo assume todos os compromissos que foram apresentados por nós. Meu voto é Aldo", anunciou. "Para mim foi uma vitória sob o aspecto pessoal, e permitiu a unidade do PSDB em um momento muito difícil", comemorou.

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