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As creches municipais de Curitiba correm o risco de enfrentar mais uma greve a partir desta terça-feira (13). Desta vez não são os educadores que reivindicam melhores salários. A manifestação é proposta por funcionárias de limpeza, que reclamam de atraso nos salários.

Aproximadamente 500 funcionárias trabalham para a EBV (Empresa Brasileira de Vigilância Ltda), que presta serviços de limpeza e conservação nas creches de Curitiba. De acordo com as funcionárias, desde de setembro de 2006 a empresa vem atrasando o pagamento dos salários.

Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco), Manassés Oliveira, o pagamento das funcionárias deve ocorrer sempre no quinto dia útil de cada mês, mas desde setembro isso não vem ocorrendo. Manassés é vereador de Curitiba pelo PPS.

"Em reunião neste domingo (11), deliberamos que se a empresa não fizer o pagamento do mês de março nesta segunda-feira (12), as funcionárias virão para o sindicato e a greve começará", afirmou Oliveira. Além do salário, o dirigente sindical afirma que as funcionárias também recebem atrasados os vale-transportes e os ticket refeições.

De acordo com Oliveira, aproximadamente 500 funcionárias trabalham na limpeza nas creches municipais de Curitiba. "Teve mês que algumas funcionárias receberam no dia 20. Elas têm contas para pagar e precisam receber no dia combinado", afirmou.

A empresa EBV é de Santa Catarina. O gerente regional da filial Curitiba da empresa, que preferiu não se identificar, disse que todos os pagamentos já foram providenciados. "Os pagamentos foram enviados da matriz e os créditos já deveriam estar na conta dos funcionários". O representante da EBV na capital paranaense pediu mais tempo para levantar informações sobre o assunto e alegou desconhecer problemas anteriores.

A Prefeitura de Curitiba afirma que a empresa foi contratada em licitação e que os pagamentos da prefeitura estão em dia. Caso haja a paralisação, a própria empresa deverá repor os funcionários sem prejuízo ao funcionamento das creches, como prevê o contrato. Se houver alguma paralisação dos serviços, a empresa poderá sofrer punições.

Caso o pagamento seja efetuado nesta segunda não haverá greve. "Vamos ficar monitorando, como as funcionárias recebem por contas bancárias, o depósito pode ocorrer somente à noite. Caso isso não ocorra vai ser dado início à greve", definiu Manassés Oliveira.

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