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Paralisação

Funcionários da Urbs podem entrar em greve na próxima terça-feira

Eles reclamam que as reivindicações, entre elas um aumento real dos salários de 10%, não foram atendidas pela empresa. Fiscalização do EstaR e dos horários dos ônibus pode ser prejudicada

Os funcionários da Urbanização de Curitiba (Urbs) vão entrar em greve na próxima terça-feira (12), caso a empresa não apresente uma proposta que atenda às reivindicações dos funcionários até a assembleia que será realizada na segunda-feira (11). Caso a paralisação se confirme, a fiscalização do EstaR (Estacionamento Regulamentado) e dos horários dos ônibus seria prejudicada, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (Sindiurbano).

Segundo o presidente do sindicato, Valdir Mestriner, cerca de dois terços dos 425 funcionários que participaram de uma assembleia geral nesta quarta-feira (6) votaram pela greve. Os trabalhadores reclamam das condições precárias de trabalho e falta de valorização por parte da Urbs.

O Sindiurbano alega que a empresa não cumpriu as reivindicações do Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2012. De acordo com Mestriner, os trabalhadores querem um aumento real de 10% e reclamam que, nos últimos anos, a empresa apenas repassou o valor da inflação. "No ano passado tivemos um aumento real de 0,01%, que representa o acréscimo de dez centavos em um salário de R$ 1.000 (média do valor pago aos funcionários da empresa)", diz Mestriner. Além disso, ele diz que os trabalhadores estão há quatro anos sem aumento real.

Além do aumento salarial, eles também exigem a ampliação das folgas dos fiscais. Segundo o sindicato, os fiscais da Urbs têm um fim de semana de folga por mês e gostariam que a empresa disponibilizasse dois fins de semana por mês. Outro item reivindicado é a redução da carga horária dos funcionários da limpeza de oito para seis horas diárias.

Para o presidente do Sindiurbano a greve implicaria na ausência de fiscalização do EstaR. Com isso, os motoristas poderiam parar os veículos em uma vaga regulamentada por tempo indeterminado. "Se não houver cobrança, as pessoas vão estacionar o carro pela manhã e tirar só no fim do dia. Sem rotatividade, o comércio será prejudicado", diz Mestriner.

O sindicato ainda ressalta que a fiscalização do cumprimento dos horários dos ônibus é feita por funcionários da Urbs. "Sem a fiscalização, dificilmente os horários seriam cumpridos", afirma Mestriner. Ele ainda destaca que os fiscais da Urbs também organizam o trânsito quando um ônibus quebra ou quando ocorrem acidentes.

A higienização dos banheiros públicos, bem como do complexo rodoferroviário, do Terminal Guadalupe e das Ruas da Cidadania, também são atribuição dos funcionários da Urbs, assim como o atendimento dos usuários do cartão transporte, manutenção de estações tubo e sinalização das vias, segundo o Sindiurbano.

De acordo com a assessoria da Urbs, a empresa fez uma oferta de aumento salarial total de 6,5%, o que representa um aumento real de 0,2%, segundo o sindicato. A empresa ainda se dispôs a elevar o valor da cesta básica de R$ 113 para R$ 165, alta de 46%, e do vale-alimentação de R$ 440 para R$ 500, um aumento de 13,6%.

Os trabalhadores reclamam que os itens reivindicados não foram contemplados na oferta apresentada pela Urbs. Mesmo assim, a empresa disse que está disposta a negociar e espera chegar a um acordo.

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