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protesto

Funcionários do Samu fazem manifestação no Litoral contra atraso de salários

Coordenador do serviço no litoral do Paraná alerta para possibilidade de Matinhos ficar sem ambulâncias a partir de terça-feira (29)

Funcionários do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) realizam, na tarde desta segunda-feira (28), uma manifestação em Paranaguá, no litoral do estado, exigindo melhores condições de trabalho. Segundo Elcio Ruiz, coordenador médico-operacional do Samu no Litoral, uma equipe de cem profissionais não recebe salários há quatro meses.

"Esses problemas atingem apenas a equipe dos sete municípios do litoral [do Paraná]. São cerca de 100 profissionais, como médicos, técnicos de enfermagem e motoristas das ambulâncias, que não recebem há quatro meses", afirma Ruiz.

O coordenador do Samu do litoral cita ainda a necessidade de melhorar a estrutura do serviço na região. "Por falta de verba para reparo, estamos enfrentando problemas com a manutenção de ambulâncias", critica.

Apesar da situação, Ruiz garante que o Samu não entrará em greve no litoral paranaense. "Não vamos parar de trabalhar. Trata-se apenas de uma manifestação por melhores condições", afirmou o médico, antes de ressaltar que o município de Matinhos deverá enfrentar problemas a partir de amanhã.

"É muito provável que não tenhamos Samu a partir de amanhã em Matinhos. Por conta desses problemas, a equipe decidiu sair do serviço e não tenho peças de reposição."

O Samu é recente no litoral do Paraná. Oficialmente, o serviço de emergência passou a operar em julho do ano passado em sete municípios: Antonina, Guaratuba, Pontal do Paraná, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Guaraqueçaba.

No total, cerca de 270 mil pessoas são beneficiadas pela presença do Samu nessas cidades – quantidade que cresce durante a alta temporada, principalmente por conta dos salvamentos realizados pelo Corpo de Bombeiros. Somente neste verão, a corporação já realizou mais de 630 salvamentos – 105 deles com algum grau de risco para o banhista, ocasião em que o serviço do Samu pode ser acionado para levar a vítima ao hospital.

A administração do Samu é tripartite (Governos federal, estadual e municipal). De acordo com a Secretaria da Saúde do Paraná, todos os recursos referentes à sua parcela de responsabilidade foram repassados aos municípios.

A Cislipa (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral do Paraná), responsável pelo Samu na região, não foi localizada para comentar as reivindicações. Até semana passada, o órgão era presidido pelo prefeito de Paranaguá. Na última quarta-feira, o comando passou para João Domero (PSC) -- prefeito recém-eleito de Antonina.

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