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RIO DE JANEIRO

Gangue clona cartões no aeroporto

Uma viagem ao Rio de Janeiro pode se transformar em transtorno para o turista já no Aeroporto Internacional Tom Jobim, uma das principais portas de entrada do estado e do país. Quadrilhas especializadas em clonar cartões de crédito transformaram os 14 caixas eletrônicos do aeroporto em arapucas, com a instalação de equipamento conhecido como "chupa-cabra". O golpe vem sendo relatado em sites especializados em turismo, principalmente por americanos. Segundo funcionários do aeroporto, gangues de clonagem de cartão atuam nesses caixas há pelo menos seis anos.

"O último 'chupa-cabra' foi retirado há duas semanas. Mas eles voltam e colocam outro no mesmo lugar. Tem a gangue dos caixas do HSBC e também a do Bradesco. Eles dividiram o território", ironiza um dos seguranças do aeroporto. Outro segurança conta que, nesse período, ao menos dez "chupa-cabras" foram recolhidos pela delegacia local.

Os criminosos agem em grupo. Enquanto um homem bem vestido instala o "chupa-cabra" no local onde se insere o cartão, além de uma câmera acima da tela, que filma o teclado da senha, uma mulher encobre o parceiro. Não raro, ao menos outras três pessoas se espalham pelo terminal, observando a movimentação de seguranças e agentes. A partir daí, os donos de cartões sem chip – mais comuns no exterior – tornam-se presas fáceis e têm os dados clonados.

"Fui a uma conferência no Rio e as três pessoas que estavam comigo retiraram dinheiro em um caixa do Galeão. Os três tiveram os cartões clonados. Em poucas horas, foram feitos vários saques de R$ 700, e agora estão lutando para recuperar o dinheiro", conta, no site de turismo TripAdvisor, Nancy B., de Nova Jersey, Estados Unidos.

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