São Paulo O presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, negou ontem que o partido já tenha definido um candidato próprio para disputar a presidência da Câmara dos Deputados em 2007. Segundo Garcia, o assunto sequer foi discutido na reunião do Diretório Nacional do PT, realizada neste final de semana.
Ele ponderou, no entanto, que o partido tem nomes de "alta qualidade" para ocupar a presidência da Câmara e que, por esse motivo, teria condições de reivindicar a cadeira. "Essa é uma decisão que o PT vai tomar consultando os outros partidos que integram a base de sustentação do governo. Esse é um problema que tem que ser resolvido no marco de uma política de coalizão", disse. Garcia admitiu que a bancada do PT na Câmara manifestou intenção em ter um candidato, o que, em sua avaliação, é uma "disposição legítima" mas que precisa ser consultada junto aos aliados. "A bancada não tomou nenhuma decisão. Ela só poderia tomar uma decisão dessa natureza se tivesse efetivamente todos os votos", disse.
O deputado Gilmar Tato (PT-SP), que defende a definição de um nome petista para a presidência da Câmara, admitiu que o tema está sendo discutido com cautela dentro do PT. "Há um respeito muito grande, principalmente ao PSB e ao PCdoB, que são partidos aliados historicamente conosco", disse.



