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Violência

Garoto de programa mata padre alemão em Belém

Belém – A polícia paraense investiga as circunstâncias do assassinato do padre alemão Wolfgang Johanes Hermann, de 46 anos, morto em seu apartamento com várias facadas no pescoço e tórax, terça-feira, pelo garoto de programa Cássio Adriano de Jesus Figueiredo, de 18 anos, preso em flagrante com ferimentos no braço e na mão direita.

O criminoso alega que matou Hermann em legítima defesa, porque a vítima, armada de faca, queria manter relações sexuais com ele.

"Ele fechou a porta do apartamento, fazia ameaça, cortou meu braço duas vezes com a faca e atingiu minha mão. Houve um momento em que ele escorregou, caiu, eu tomei a faca e o matei", contou o acusado durante depoimento.

Para a polícia, que descarta qualquer conotação política no crime, a versão de Figueiredo é contraditória. Embora no apartamento haja vestígios de sangue pelos cômodos, não há sinais de luta corporal.

A suspeita é de que o criminoso teria espalhado sangue pelo apartamento para simular briga.

Almoçar

Segundo o acusado, na terça-feira ele estava em um shopping de Belém quando conheceu Hermann.

O padre o teria convidado para almoçar no apartamento dele, localizado no bairro do Umarizal. Figueiredo aceitou.

Ao fim da refeição, de acordo com o acusado, ele disse que iria embora, mas o padre não teria permitido, passando a assediá-lo. A polícia informou que o acusado possui antecedentes criminais e pode estar envolvido na morte de um sargento da Polícia Militar, no ano passado, além de assalto a uma farmácia.

O arcebispo metropolitano de Belém, dom João Orani Tempesta, disse em entrevista que o padre tinha licença da Igreja Católica para realizar missas e atuava como conselheiro espiritual de casais na cidade.

Perguntado sobre o suposto envolvimento homossexual da vítima com o criminoso, Tempesta explicou que a questão existe em várias esferas da sociedade, embora não pudesse "prejulgar" a condição de Hermann.

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