A polícia descartou a hipótese de que o jovem Maurício de Oliveira Souza, de 11 anos, que foi encontrado morto na manhã de domingo (29), em São José dos Pinhais, região metropolitana, tenha sofrido violência sexual. O corpo do garoto estava com as calças arriadas, quando foi localizado em um matagal no prolongamento da Rua Juscelino Kubistchek, no Jardim Ipê.
De acordo com o delegado Osmar Dechiche, responsável pelas investigações, um laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima não foi violentada. "Provavelmente, a calça dele deve ter caído no instante em que o autor do crime foi ocultar o cadáver", disse o delegado. O garoto morreu em decorrência de três facadas (na barriga, no peito e nas costas).
Nesta segunda-feira, o padrasto do menino - que não teve a identidade revelada - prestou depoimento na delegacia do município. A polícia investiga se ele teve participação no crime. O delegado não revelou detalhes do depoimento, mas informou que o homem mantém um relacionamento há um mês com a mãe da vítima e que já teve passagens pela polícia por roubo e tráfico de drogas.
Dechiche também informou que a mãe do menino, que já foi ouvida preliminarmente, deve prestar novo depoimento ainda nesta semana. Testemunhas disseram à polícia que a última vez que o garoto foi visto foi por volta das 20 horas de domingo, quando ele teria saído para comprar pão. A polícia, no entanto, não confirma esta versão.
"Os horários que a família nos passou não batem com os relatos que coletamos. Por enquanto, o caso todo é uma incógnita", disse o delegado.
