
A polícia investiga um golpe que vinha sendo aplicado em pessoas interessadas em adquirir a casa própria por meio da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab). O golpista se apresentava como funcionário da prefeitura e cobrava R$ 900 das famílias para garantir a reserva do imóvel. Desde dezembro, a Cohab recebeu denúncias de cinco vítimas do estelionatário.
A Companhia encaminhou as informações para o 1º Distrito Policial, no Centro de capital. Para dar veracidade ao golpe, o homem apresentava documentos e preenchia formulários e recibos com o brasão da prefeitura. Segundo a Cohab, os papéis são falsificações, alguns trazem uma ilustração criada para a Copa de 2014 retirada do site da prefeitura.
De acordo com as denúncias, a pessoa que oferecia as "facilidades" chegava a marcar visitas nos canteiros de obras nos bairros do Sítio Cercado e CIC. Assim, as famílias poderiam escolher as unidades de sua preferência.
"A cobrança é uma ofensa aos diretores e funcionários da Companhia e um atentado contra a sociedade, porque explora a boa fé das pessoas e se apropria de dinheiro de famílias que muitas vezes vivem com sacrifício", disse o presidente da Cohab, Mounir Chaowiche, por meio da assessoria de imprensa.
Ele afirmou que a inscrição na Cohab é gratuita e não há, em qualquer hipótese, cobrança de taxas para reserva de imóvel. Além disso, sempre que há comercialização de imóveis, a Companhia convoca os candidatos classificados por meio de carta entregue pelo Correio e todas as reuniões e entrevistas com as famílias são realizadas na sede da Companhia ou ainda em locais designados na correspondência de convocação.
Os documentos falsos foram passados à Cohab por vítimas do golpe e anexados à notícia crime protocolada no 1º DP. A Companhia espera que famílias que foram vítimas do golpe colaborem com as investigações, levando informações, recibos e outros documentos falsos à delegacia ou à sede da Cohab.



