
O governo do Paraná se comprometeu a pagar integralmente, numa única parcela, o terço de férias dos professores da educação básica e das instituições de ensino superior do Estado até 31 de março. O impacto financeiro previsto é de R$ 116 milhões. O acordo foi definido durante a terceira reunião entre representantes do governo estadual e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), realizado nesta quarta-feira (25), no Palácio Iguaçu.
Para o presidente da APP, Hermes Leão, a proposta representou um avanço. “Não é o que esperávamos. Mas reconhecemos que houve esforço para avançar na pauta”, afirma. O valor que o Estado deve aos professores do ensino básico é de R$ 96 milhões e para os docentes universitários é de R$ 20 milhões. Os secretários da Casa Civil, Eduardo Sciarra; da Educação, Fernando Xavier Ferreira; e o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli, estavam na reunião.
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Milhares de professores e servidores públicos partiram das praças Rui Barbosa e Santos Andrade rumo ao Centro Cívico. Docentes e governo negociam pela terceira vez o fim da greve.
+ VÍDEOSDurante o encontro, que durou aproximadamente três horas, Sciarra prometeu que, até o fim de fevereiro, o governo vai pagar R$ 12 milhões aos servidores públicos que tiraram férias nos meses de novembro e dezembro do ano passado.
Questionado sobre a origem do dinheiro, o secretário da Casa Civil disse que os recursos foram “arrecadados pelo Estado.” O governo de Beto Richa ainda terá de saldar R$ 40 milhões em férias atrasados de outros servidores estaduais. O pagamento está previsto para abril. “Esgotamos a pauta (de reinvindicações) ao longo do dia. Avanços significativos aconteceram”, assegurou Sciarra.
O líder do governo estadual na Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), informou que a maior parte dos 29 mil professores contratados pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS), que atuaram na rede estadual ao longo de 2014, recebeu os valores devidos pela rescisão de seus contratos.
A diretora da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, confirmou a informação. No entanto, a educadora ponderou que cerca de mil profissionais ainda não receberam o dinheiro. Ao todo, o governo estadual liberou R$ 70 milhões do Tesouro, ainda nesta terça-feira (24), para quitar o débito.
O “pacotaço”, que propunha suspender por tempo indefinido as licenças especiais, agora têm prazo certo para voltarem a ser solicitadas: agosto de 2015. Também a partir do segundo semestre, Romanelli prometeu a retomada do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), de formação e progressão de carreira dos profissionais da rede estadual.















































