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Marcha realizada na manhã desta quarta-feira (25) reuniu mais de 7 mil professores, funcionários da rede estadual e também outros servidores do estado. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Marcha realizada na manhã desta quarta-feira (25) reuniu mais de 7 mil professores, funcionários da rede estadual e também outros servidores do estado.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O governo do Paraná se comprometeu a pagar integralmente, numa única parcela, o terço de férias dos professores da educação básica e das instituições de ensino superior do Estado até 31 de março. O impacto financeiro previsto é de R$ 116 milhões. O acordo foi definido durante a terceira reunião entre representantes do governo estadual e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), realizado nesta quarta-feira (25), no Palácio Iguaçu.

Discussão sobre redimensionamento de turmas avança

O secretário da Casal Civil, Eduardo Sciarra, afirmou que o governo vai redimensionar as turmas dos colégios para que sejam respeitados os limites máximos de alunos por sala de aula.

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Para o presidente da APP, Hermes Leão, a proposta representou um avanço. “Não é o que esperávamos. Mas reconhecemos que houve esforço para avançar na pauta”, afirma. O valor que o Estado deve aos professores do ensino básico é de R$ 96 milhões e para os docentes universitários é de R$ 20 milhões. Os secretários da Casa Civil, Eduardo Sciarra; da Educação, Fernando Xavier Ferreira; e o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli, estavam na reunião.

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Milhares de professores e servidores públicos partiram das praças Rui Barbosa e Santos Andrade rumo ao Centro Cívico. Docentes e governo negociam pela terceira vez o fim da greve.

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Durante o encontro, que durou aproximadamente três horas, Sciarra prometeu que, até o fim de fevereiro, o governo vai pagar R$ 12 milhões aos servidores públicos que tiraram férias nos meses de novembro e dezembro do ano passado.

Questionado sobre a origem do dinheiro, o secretário da Casa Civil disse que os recursos foram “arrecadados pelo Estado.” O governo de Beto Richa ainda terá de saldar R$ 40 milhões em férias atrasados de outros servidores estaduais. O pagamento está previsto para abril. “Esgotamos a pauta (de reinvindicações) ao longo do dia. Avanços significativos aconteceram”, assegurou Sciarra.

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O líder do governo estadual na Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), informou que a maior parte dos 29 mil professores contratados pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS), que atuaram na rede estadual ao longo de 2014, recebeu os valores devidos pela rescisão de seus contratos.

A diretora da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, confirmou a informação. No entanto, a educadora ponderou que cerca de mil profissionais ainda não receberam o dinheiro. Ao todo, o governo estadual liberou R$ 70 milhões do Tesouro, ainda nesta terça-feira (24), para quitar o débito.

Outros avanços

O “pacotaço”, que propunha suspender por tempo indefinido as licenças especiais, agora têm prazo certo para voltarem a ser solicitadas: agosto de 2015. Também a partir do segundo semestre, Romanelli prometeu a retomada do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), de formação e progressão de carreira dos profissionais da rede estadual.

O fim da greve e a volta às aulas

O presidente da APP, Hermes Leão, afirma que o acampamento montado no Centro Cívico vai continuar até que a greve termine. A paralisação dos professores dura duas semanas e afeta 970 mil alunos das 2.100 escolas estaduais. Na manhã desta quinta-feira, o Comando de Greve da APP deve se reunir para definir uma data para a Assembleia Geral. “Será a assembleia estadual que vai determinar o fim ou não do movimento”, explicou o líder sindical. “Já tivemos experiências de situações em que o governo altera o que foi prometido ou não cumpre”.

A volta às aulas deve acontecer entre terça-feira e quarta-feira da próxima semana. Isso se a Assembleia da APP for realizada até segunda-feira, como está prevista. Devido aos novos professores que serão contratados, Leão acredita que “pequenos arranjos na distribuição das aulas devem acontecer em determinados colégios”. Não há ainda um cronograma de como serão realizadas as reposições das aulas. O secretário Sciarra afirma apenas que há o compromisso de se encontrar uma forma para que a reposição ocorra.

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