Um dia antes do anúncio do pacote agrícola pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Agricultura, Roberto Rodrigues, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou, nesta quarta-feira, descontos de até 30% no pagamento das dívidas de cerca de 700 mil produtores que se enquadram na agricultura familiar. A medida terá um impacto fiscal de R$ 450 milhões sobre o total dos contratos em vigor, estimados em R$ 2,3 bilhões.
- Com isso, eliminamos o fantasma que assombra os pequenos produtores que hoje não têm condições de pagar suas dívidas de custeio e poderiam ficar descapitalizados para plantar a próxima safra - comemorou o ministro da Reforma Agrária, Guilherme Cassel.
Os descontos atingirão sete culturas: 30% para o arroz; 25% para a soja; 22% para o milho; 20% para o algodão; 15% para o feijão; 15% para a mandioca; e 12% para o leite. O limite do rebate é de R$ 2 mil por produtor. São produtos que tiveram queda de preços por conta da baixa nas cotações no mercado internacional e da valorização do real frente ao dólar, que teria tirado competitividade desses itens. Grande parte das dívidas é com o Banco do Brasil.
Cassel acrescentou que a agricultura familiar contará com R$ 10 bilhões para a próxima safra. No período passado, o valor liberado foi de R$ 9 bilhões.
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