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Gestão pública

Governo do estado gastou R$ 150 milhões em viagens, diz oposição

Para oposicionistas, despesas com viagens são excessivas. Bancada aliada do governo prometeu apresentar relatório explicando os gastos com os cartões corporativos

Funcionários do estado do Paraná teriam gasto R$ 150 milhões em viagens e outros gastos com os cartões corporativos do governo em quatro anos. A informação foi dada pela bancada de oposição ao governo na Assembléia Legislativa do Paraná. Por outro lado, os deputados aliados ao governo prometem para esta quarta-feira (17/10) apresentar um relatório explicando e justificando os gastos.

Reportagem da Gazeta do Povo mostra que, na segunda-feira, a oposição apresentou requerimentos pedindo ao governo informações detalhadas sobre as despesas, mas o líder do governo em exercício na sessão, Cleiton Kielse, fez um acordo com a oposição para a retirada dos pedidos. Em troca, apresentaria detalhes sobre como e onde foi gasto o dinheiro.

Segundo Valdir Rossoni, os gastos do governo vêm aumentando desde 2003 e não estão detalhados no site oficial do Executivo, Gestão do Dinheiro Público, onde é divulgado apenas o valor total das despesas de cada secretaria. O deputado afirma que ninguém sabe onde o dinheiro foi gasto, quais funcionários viajaram às custas do estado, para onde foram e qual era a finalidade das viagens. "Eles têm medo de falar em cartões porque existe uma caixa-preta", disse.

No primeiro ano de governo, disse Rossoni, foram gastos R$ 21,8 milhões. Em 2004, R$ 29,6 milhões. Em 2005, as despesas aumentaram para R$ 50,5 milhões. Em 2006, caíram para R$ 47,9 milhões. E, de janeiro a agosto deste ano, gastou-se R$ 18,8 milhões. O deputado defende que o Tribunal de Contas investigue as despesas.

O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), acusou a oposição de não ter o que fazer e lembrou que o cartão corporativo foi uma "inovação" do governo Jaime Lerner.

Ao assumir o Palácio Iguaçu, o deputado disse que Requião acabou com uma "indústria da diária fria" que funcionava nos órgãos públicos.

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