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A presidente Dilma Rousseff (PT) disse que nunca lavou as mãos diante da violência nos estados. Em entrevista a rádio "Itatiaia" de Minas Gerais, a presidente disse, no entanto, que o governo federal não pode se impor e que a solução depende de parcerias.

"Pelo menos o meu governo e o governo do presidente Lula nunca dissemos que a violência era um problema dos Estados e que, portanto, nós lavávamos as nossas mãos. Outros governos alegaram isso, não os nossos. Há atribuições, de fato, que são exclusivas dos Estados, mas nessas ações exclusivas dos Estados, o governo federal pode atuar em parceria, por demanda, ou seja, nós não podemos nos impor, os estados demandando, nós atuamos em conjunto. E fizemos, de fato, algumas ações em conjunto", disse Dilma.

Sem citar o Maranhão, que vive uma crise onde 62 presos morreram em rebeliões desde o ano passado, a presidente disse que o governo federal investiu R$ 1,1 bilhão no sistema penitenciário. No total, Dilma espera que com este valor sejam criadas mais de 47 mil vagas em presídios em todo o país.

"Na área das penitenciárias, nós estamos investindo, no sistema penitenciário, R$ 1,1 bilhão para os estados poderem ir investindo, no seguinte sentido: é dinheiro do Orçamento Geral da União que nós colocamos à disposição dos governos estaduais, desde que eles tenham projetos, obviamente. E para quê? Para que eles possam construir novos presídios. Com esses recursos, a nossa expectativa é que sejam construídas muitas, a grande maioria está em processo de construção, 47.419 novas vagas no sistema prisional estadual", afirmou durante entrevista.

Dilma ainda salientou o papel do sistema penitenciário federal. Para ela, os presídios cumprem um "papel chave para diminuir a violência nos Estados".

"Nós temos esses presídios federais funcionando - e agora, inclusive, estamos fazendo mais um, aqui em Brasília. Há hoje quase 500 presos, praticamente 500 presos no sistema penitenciário federal. Esses presos são presos de segurança máxima, geralmente lideranças... geralmente, não, fundamentalmente lideranças que o governo federal, atendendo pedido dos governadores, transferiu para as prisões de segurança máxima. Isso entre... Só em 2013 foram 21 estados que nós atendemos, fazendo essa transferência", disse.

Dilma ainda disse que a crise no sistema prisional do país é uma discussão que precisa ser feita "com outras esferas do poder". "Agora, a questão relativa ao Sistema Judiciário, é uma questão que envolve outro poder. Portanto, né, esse é um processo de discussão que não pode ser um processo exclusivo do Executivo", afirmou.

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