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Greve federal

Governo remarca novas negociações para segunda-feira

Prevista para ocorrer amanhã, rodada de discussão sobre reajustes foi afetada por ocupação de sala do Ministério do Planejamento por grevistas

Cerca de 30 manifestan­tes do Ministério do Desen­volvimento Agrário (MDA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) invadiram a sala de reuniões do Ministério do Planejamento ontem, em Brasília, e permaneceram no recinto das 16h30 às 21 horas. Por causa da ocupação, a nova rodada de negociações com o funcionalismo público federal, previamente agendada para ocorrer amanhã, foi remarcada para a próxima segunda-feira.

Segundo o diretor da Asso­ciação dos Servidores do MDA, Marcius Crispim, o governo sinalizou apresentar uma proposta concreta na nova data. Ele reclamou da postura do governo nas reuniões. "É uma mesa de enrolação para cansar o movimento".

Também as reuniões que o governo teria com representantes da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica foram remarcadas, mas para hoje.

O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, disse que tem ocorrido uma sequência de conversas. "O governo está avaliando um contexto de proposta orçamentária".

Alcance da greve

Na avaliação do Ministério do Planejamento a greve dos servidores federais atinge entre 70 mil e 80 mil pessoas. "Temos 520 mil servidores ativos. Se tivessem 350 mil em greve – como estima a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal –, o país estaria parado. E isso não está ocorrendo. A maior parte dos serviços públicos está funcionando", disse Mendonça.

Hoje, o secretário recebe também os representantes do Federação Nacional dos Policiais Federais, Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social.

Proposta mantida

Ontem o ministro da Edu­­cação, Aloizio Mer­cadante, voltou a defender a proposta feita pelo governo aos docentes de universidades federais – em greve há quase três meses – e afirmou que a oferta não vai se repetir para as demais carreiras do funcionalismo público em greve.

"Para os professores, nós apresentamos a melhor proposta. Nenhum funcionário terá o reajuste que os professores universitários terão", disse. O Ministério do Planejamento ofereceu entre 25% e 40% de reajuste, a ser dado ao longo dos próximos três anos.

Colaborou Fernanda Fraga, especial para a Gazeta do Povo

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