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financiamento estudantil

Governo vai reduzir renda máxima para acesso ao Fies

Novo teto ainda será definido. Atualmente, podem se candidatar ao programa jovens com renda familiar de até 20 salários

Renato Janine: novos critérios serão usados no segundo semestre. | Wilson Dias/ABr
Renato Janine: novos critérios serão usados no segundo semestre. (Foto: Wilson Dias/ABr)

O governo federal vai reduzir a renda máxima familiar para que os estudantes tenham acesso ao Financiamento Estudantil (Fies). Atualmente, podem se candidatar ao programa jovens com renda familiar de até 20 salários mínimos (R$ 15.760) – esses com direito a financiar apenas 50% das mensalidades –, mas o valor está sendo considerado excessivo atualmente, já que o salário mínimo vem subindo acima da inflação há pelo menos dez anos. O novo teto ainda será definido e deve ser divulgado nos próximos dias, mas não afeta contratos atuais.

Um dia após confirmar que haverá novas inscrições para o Fies neste segundo semestre, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, informou que já para essa segunda edição serão usados novos critérios de seleção. Além de dar prioridade aos cursos com notas 4 e 5, como na primeira edição deste ano, as regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste – com exceção do Distrito Federal – terão direito a mais vagas do programa, como forma de reduzir desigualdades regionais.

A alteração na renda, segundo Janine, também visa a aumentar o acesso de jovens de famílias em vulnerabilidade econômica no programa. “Vai haver uma redução no teto de renda do Fies. Uma família com renda de cerca de R$ 14 mil é difícil de justificar o juro subsidiado”, afirmou. “Fizemos uma remodelagem para evitar isso.” Janine não informou qual será o novo teto, que deve ser anunciado nos próximos dias, quando for anunciado o novo processo de seleção do Fies.

Atualmente, o teto é de 20 salários mínimos, mas, a partir de 10, o aluno só pode pleitear um financiamento para a metade da mensalidade. É levado em conta também o nível de comprometimento da renda familiar com a educação. Janine reconheceu que em uma família com um filho cursando Medicina, o custo da faculdade pode ser pesado, mas a intenção é incluir mais famílias de baixa renda.

“Dos estudantes que hoje estão no Fies, 92% têm renda familiar até três salários mínimos (R$ 2.364), então não vai ter um impacto tão grande. Vai ser mais inclusivo e mais justo”, afirmou o secretário-executivo do MEC, Luiz Costa.

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