
A segunda reunião da Parceria Global sobre Cidades e Biodiversidade, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Curitiba nesta semana, reuniu prefeitos, secretários e representantes de 43 cidades de 11 países para trocar experiências sobre como os governos locais podem agir para preservar a diversidade biológica de suas regiões, sem ter de depender da iniciativa dos governos nacionais.
Mais do que um encontro técnico, com a apresentação de problemas e soluções, a reunião teve cunho político, na opinião do diretor da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS) e conselheiro do Instituto Life, Clóvis Borges. "Curitiba se posicionou como uma liderança na discussão do papel das cidades na defesa do patrimônio natural e tem sido usada como exemplo por diversos países", conta.
Entre os projetos apresentados por Curitiba está a criação de planos municipais de biodiversidade por todas as cidades que participaram do evento. A proposta, que já está sendo colocada em prática na na capital, será levada para a 10.ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, em outubro. Uma das ações do plano de Curitiba é a Rede de Bosques de Proteção de Biodiversidade, que tem o objetivo de preservar 2 milhões de metros quadrados de floresta nativa na capital do estado. A primeira ilha da biodiversidade foi inaugurada na quinta-feira, no bairro Santo Inácio, com uma homenagem ao secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, o argelino Ahmed Djoghlaf.
A gerente de projetos da Fundação O Boticário, Leide Takahashi, comenta, entretanto, que sentiu falta de uma maior participação de cidades brasileiras no encontro. "Até mesmo municípios próximos a Curitiba não estavam presentes", comenta.



