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Se falta integração entre universidades e indústrias para inovar, na formação de mão de obra qualificada as parcerias estão consolidadas. Várias instituições estaduais de ensino têm cursos direcionados para as atividades econômicas mais importantes da região. Por exemplo: a Unioeste, de Cascavel, oferece de Hotelaria e Turismo no câmpus de Foz do Iguaçu, e de Engenharia Química em Toledo, cidade com grande número de indústrias farmacêuticas. A UEL e a UEM, que ficam em regiões têxteis, oferecem Moda na graduação das universidades estaduais. A Unicentro oferta os cursos de Engenharia Ambiental e Florestal em Irati, um polo madeireiro.

A Unespar Paranaguá tem o curso de Administração voltado para a atividade portuária, que foi a opção escolhida por Michel Bezerra Henriques Rosa, de 22 anos. Ele também já fez uma pós-graduação em Gestão Empresarial e Sustentabilidade na instituição, e agora atua em uma agência portuária. Segundo Michel, a maioria dos colegas que se formaram com ele já estava inserida no mercado de trabalho antes de concluir o curso. Ele decidiu pela graduação porque já tinha vínculo com a área, e ficou satisfeito com o curso. “Fui capacitado não apenas para fazer o que mandam, mas para resolver os problemas e, principalmente, evitar que eles ocorram”, resume.

A grade curricular abrange as disciplinas tradicionais de administração, mas com foco na principal atividade parnanguara: a portuária. “São tópicos pensados regionalmente: comércio exterior e porto. Não tem como deixar totalmente dependente de um nicho apenas”, explica a coordenadora do curso, Geórgia da Cunha Ben.

Em Foz do Iguaçu, a graduação em Hotelaria da Unioeste foi uma resposta à demanda da região, diz a coordenadora do curso, Lavínia Rachel Martins de Martins. “Existe um grande interesse, tanto que o sindicato dos hotéis do município paga a inscrição no vestibular de todos os colaboradores dos hotéis conveniados, como incentivo à formação”, conta. Segundo ela, ainda não há uma demanda tão grande pela graduação – a concorrência é baixa – porque são muitas as empresas com perfil familiar na cidade. Outra barreira é a falta de regulamentação da profissão hoteleiro.

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