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Granada explode dentro de carro de policial militar

Danos provocados pela detonação de uma granada de fragmentação dentro do Santana de um PM em Londrina | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
Danos provocados pela detonação de uma granada de fragmentação dentro do Santana de um PM em Londrina (Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina)

Londrina - Uma granada de uso das Forças Armadas explodiu dentro do carro de um policial militar, na manhã de ontem, no pátio da 4ª Companhia Independente da Polícia Militar, Zona Norte de Londrina. A detonação aconteceu uma hora depois do policial ter estacionado o carro e não deixou ninguém ferido. A polícia investigará como e por que o explosivo estava no veículo.

Segundo o subcomandante da 4ª Companhia, capitão Nelson Villa, o policial, que não teve seu nome revelado, chegou ontem pela manhã para trabalhar e estacionou o carro. Cerca de uma hora depois, todos os policiais foram alertados com o barulho da explosão, que chegou a deslocar o veículo cerca de dois metros.

Villa descartou que a granada seja pertencente à polícia militar, pois ela é de fragmentação e usada para fins militares. "Nossas granadas são de efeito moral e não são feitas para produzir grandes danos", disse. O artefato que explodiu expele centenas de pequenos pedaços de metal, que perfuraram a lataria do carro, porta-malas e todo a sua parte interna. Até o colete à prova de balas que estava dentro veículo ficou perfurado.

Villa afirmou que o dono do carro disse desconhecer o motivo de ela estar dentro do carro. "É um policial de serviço interno que disse, inclusive, nunca ter pego uma granada na mão", conta. Segundo Villa, o policial disse não ter inimigos e que não sofria ameaças.

No entanto, a suspeita é de que houve um atentado. O sargento do Tiro de Guerra de Londrina, Edmar Alves Teixeira, esteve no local e acredita que ela estava encaixada entre o banco e o encosto traseiro, mas com a haste de segurança pressionada. "A granada tem uma trava de segurança, que pressionada impede a detonação. Acredito que alguém a deixou entre os bancos e esperava que ela detonasse com a trepidação."

De acordo com Vieira, a granada é de uso militar, mas não pertence às Forças Armadas brasileiras. Ele disse ter o nome do fabricante localizado entre os fragmentos e que pertenceria a uma empresa bélica do Paraguai. "O Brasil não compra armamento dessa empresa", disse ele. O 30º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Apucarana, negou ter sido perdido algum artefato.

Villa informou que será aberto um processo interno de investigação e também um na Polícia Civil. Ontem pela manhã o perito do Instituto de Criminalística (IC), Luciano Bucharles, esteve no local e recolheu fragmentos da granada. Ele informou que ainda estava analisando e não confirmou o nome da empresa que teria produzido. "Vou analisar para saber o tipo, o modelo e ajudar a investigação a determinar sua origem", disse.

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