Dezenas de manifestantes que apoiam a greve do transporte público de Porto Alegre se acorrentaram em frente à prefeitura na manhã de hoje em protesto por negociações. Eles querem uma audiência com o prefeito José Fortunati (PDT) sobre o assunto.
A greve completou duas semanas hoje. Desde o último dia 29, a paralisação chegou a quase 100% e praticamente nenhum ônibus circulou na capital gaúcha. As empresas que tentaram colocar parte da frota na rua desistiram após casos de apedrejamento de veículos.
O grupo que se acorrentou é formado por sindicalistas e integrantes de movimentos sociais. No início da tarde, a maioria dos manifestantes já havia ido embora. Com o ato, o município decidiu transferir para outros locais agendas de Fortunati que eram previstas para a sede.
No fim da manhã, começou uma nova audiência na Justiça do Trabalho sobre o impasse entre grevistas e empresas. Os motoristas e cobradores querem redução da jornada e o pagamento dos dias parados. Desde a semana passada, os consórcios estão descontando dos salários as horas não trabalhadas.
Transtornos
Com a greve, a prefeitura decidiu suspender a partir de hoje as aulas em 41 escolas infantis municipais. Segundo o município, os funcionários e professores não conseguem chegar para trabalhar e não há como oferecer um atendimento adequado.A Santa Casa de Misericórdia, um dos principais complexos hospitalares do Estado, afirma que já gastou R$ 100 mil com o aluguel de ônibus e vans que buscam funcionários nos bairros.Segundo o hospital, com a greve, o número de falta de pacientes a consultas dobrou.



