Greve dos bancários se estende para mais seis cidades da região de Maringá

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Outras seis cidades da região de Maringá devem manter as portas das agências bancárias fechadas a partir desta quarta-feira (19). Com as outras três que já haviam aderido à greve nacional na terça-feira (18), Sarandi, Mandaguaçu e Maringá, o movimento atingirá nove cidades.

O Sindicato dos Bancários de Maringá e Região engloba 21 municípios. Destes, as seis cidades que devem aderir à greve nesta quarta-feira (19) são Marialva, Mandaguari, Astorga, Lobato, Floraí e Paiçandu. "Nosso objetivo é aumentar o número de cidades", comentou o presidente do sindicato local, Claudecir de Souza.

A situação em Maringá deve se manter igual ao primeiro dia da greve, com 90% das agências fechadas – no total, o Município tem 60. "Essas poucas agências abertas são as dos bairros. Todas as localizadas no centro fecharam", confirmou Souza.

Segundo o presidente do sindicato, alguns bancários estão encarregados nesta quarta-feira (19) de visitarem as agências dos bairros que permanecem abertas. O objetivo dos grevistas é que o movimento se estenda para todas as unidades maringaenses.

Recomendações

De acordo com Souza, todos os serviços de operação em caixa, como operação de crédito, financiamento imobiliário e de automóveis, estão suspensos. Já os serviços dos caixas eletrônicos, como consultas de saldo, saques e transferências, estão mantidos normalmente.

O presidente do sindicato salienta que, apesar de depósitos poderem ser realizados nos caixas eletrônicos, o valor só será creditado com o fim da greve. Por isso, ele recomenda que a população não utilize esse serviço no período de paralisação, porque o dinheiro poderá ficar acumulado nos terminais de caixas eletrônicos.

Para as demais operações, a população deve procurar correspondentes bancários, como as lotéricas e serviços online oferecidos pelos bancos.

Caixas eletrônicos não devem ficar desabastecidos

O abastecimento de cédulas nos caixas eletrônicos não deve ser afetado por causa da greve. Segundo Souza, são os próprios vigilantes dos transportes de valores em carro forte que abastecem os equipamentos. "Não estamos colocando obstáculo em nenhum banco", disse o presidente do sindicato.

Souza comentou que os caixas eletrônicos do Banco Itaú estavam interrompidos na terça-feira (18). Ele fez questão de informar que a posição foi do próprio banco, sem relação alguma com o sindicato de Maringá.

Reivindicações

Os bancários pedem um reajuste salarial de 10,25% (ganho real de 5%); piso salarial equivalente ao calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no valor de R$ 2.416,38 (contra os atuais R$ 1.4 mil); participação de lucros e resultado de três salários mais R$ 4.961,25 fixos; plano de cargos e salários; elevação para R$ 622 nos valores do auxílio-refeição, da cesta alimentação, do auxílio creche/babá e da 13ª cesta alimentação; além da criação do 13º auxílio-refeição.

Claudecir de Souza pontua ainda que os bancários solicitam a contratação de mais funcionários e a instalação do horário de funcionamento dos bancos das 9 horas às 17 horas, com dois turnos de funcionários. "Isso melhoraria a qualidade do atendimento à população. Hoje, com o quadro limitado, as pessoas ficam mais de uma hora na fila para serem atendidas." Ele ainda lista a reivindicação do fim das metas abusivas e do assédio moral aos bancários.

Para efeito de comparação, o presidente do sindicato explica que o valor do salário inicial de um bancário brasileiro é U$ 681, enquanto no Uruguai o salário é de U$ 1.089 e, na Argentina, de U$ 1,2 mil. De acordo com Souza, no primeiro semestre de 2012, os seis maiores bancos privados do Brasil alcançaram juntos lucro superior a R$ 26 bilhões. "É uma coisa monstruosa. Não existe paralelo no mundo. Mesmo assim, os banqueiros são resistentes em negociar as condições da nossa categoria."

Confira como você pode realizar alguns serviços:

1. Supermercados, casas lotéricas e postos dos Correios.

2. Pagamentos de contas e tributos a vencer. Pagamentos em atraso deverão ser efetuados no banco emissor do título, ou conforme orientação de cobrança.

3. Contratações de produtos, serviços e linhas de crédito. disponível conforme linha de produtos e serviços de cada banco.