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Trabalho

Greve dos Correios chega hoje à Justiça

Mais de 1 milhão de correspondências já deixaram de ser entregues no Paraná

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos deverá recorrer hoje ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tentar resolver o impasse com os trabalhadores. Os funcionários dos Correios estão em greve desde a quinta-feira passada. A intenção dos Correios, de acordo com a direção da empresa, é levar o caso para dissídio coletivo e deixar que a Justiça resolva qual é o índice de reajuste que deve ser dado aos salários.

Por seu lado, os trabalhadores afirmam que não vão voltar ao trabalho porque não conseguiram uma proposta que atenda as necessidades da categoria. "Não houve avanço econômico. Por isso, vamos continuar a greve", comenta a diretora do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná, Márcia Portes, que esteve ontem em Brasília participando de uma rodada de negociação com os Correios.

A direção dos Correios ofereceu reposição de 3,74% aos salários e mais um aumento linear de R$ 50 para todos os funcionários, além do abono de R$ 400 e vale-alimentação extra de R$ 391. A categoria, porém, reivindica um aumento linear de R$ 200, além da reposição das perdas salariais. Conforme cálculos do Dieese, as perdas totalizam em 47,77% desde 1994.

Estima-se que desde o começo da greve cerca de 1 milhão de correspondências deixaram de ser entregues em todo o estado. A adesão à greve já chegou a 85% de adesão na maioria dos 399 municípios do Paraná, de acordo com o sindicato.

O sindicato afirma que três agências de Curitiba – a do Rebouças, a Central e a da Marechal Deodoro, essa considerada a maior da capital –, estiveram fechadas. A empresa informa que, apesar dos manifestantes e das faixas em frente às agências, o atendimento está sendo feito. Devido a constrangimentos sofridos por clientes na agência Marechal Deodoro e na de Londrina, entre outras, a regional vai entrar na Justiça pedindo que se faça cumprir uma medida judicial que pretende garantir a tranqüilidade nas agências. O interdito proibitório foi obtido pela empresa na semana passada.

Procon

A coordenação do Procon no Paraná faz um alerta às pessoas que ainda não receberam faturas com vencimento nesta semana. A orientação é para que os consumidores liguem para instituição credora e solicitem a segunda via do documento via fax, por e-mail ou vão pessoalmente até a empresa. Caso contrário, os juros e encargos poderão ser cobrados normalmente.

O cliente só fica isento de pagar na data caso a empresa não disponibilize outra forma de pagamento. Mas essa negativa pelo fornecedor deve ser documentada de alguma forma pelo consumidor para ser válida na hora de reclamar pagamento após o vencimento, sem juros e multa.

Caso algum serviço contratado dos Correios não seja prestado, ocasionando prejuízos, cabe reclamação junto aos órgãos de defesa do consumidor. Para reclamar dano moral, o consumidor deve procurar o Juizado Especial Cível.

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