Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Justiça

Greve fecha 19 varas do trabalho

Movimento pode chegar ao interior

Das 20 varas de primeira instância da Justiça do Trabalho em Curitiba, 17 não funcionaram nesta quarta-feira, por conta da greve dos servidores. Na região metropolitana, a única vara de Colombo não abriu e uma das varas de São José dos Pinhais também ficou sem funcionar. Os servidores paranaenses aderiram na última segunda-feira à mobilização nacional, que já atinge 17 estados. A categoria reivindica a aprovação do Plano de Cargos e Salários, na Câmara Federal e no Senado, até 30 de junho, para cumprir o limite imposto pela legislação eleitoral, possibilitando a implantação do projeto ainda este ano.

No fim da tarde, uma portaria do Tribunal da Justiça do Trabalho no Paraná suspendeu a realização de audiências, atendimentos no balcão e os prazos processuais nas 19 varas de Curitiba e região metropolitana. Hoje, a situação deve ser reavaliada, mas não há previsão de melhora. A expectativa é de que servidores de Maringá, Foz do Iguaçu, Arapongas e de cinco das seis varas de Londrina também cruzem os braços. A tendência é que o Tribunal opte por suspender os atos processuais também nas varas do interior do estado.

Para o advogado trabalhista André Lopes, o dia foi perdido. Sem saber da greve, ele foi para duas audiências. "Eu trabalho para uma empresa, mas não importam as partes, ninguém é favorecido pelo atraso das audiências. Isso acaba influenciando no custo do processo e algumas empresas têm interesse na conciliação. Além disso, a demanda, que é já é grande, vai ficar ainda maior", avaliou.

Segundo o coordenador da greve no estado, José Padilha, mesmo sem trabalhar os grevistas de Curitiba pretendem permanecer nos locais de trabalho. "Dessa forma temos como informar a população sobre o motivo da greve e conseguir apoio na pressão contra os deputados." De acordo com Padilha, o movimento organizado pelo Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho no Paraná (Sinjutra-PR) já conseguiu o apoio dos deputados federais Max Rosenmann (PMDB) e Clair da Flora Martins (PT) e do secretário nacional do PPS, Rubens Bueno. Eles participaram da assembléia em que os servidores decidiram pela greve.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.