Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Paralisação

Greve na UFPR completa 1 mês e ganha adesão de mais um setor

Pró-Reitoria de Recursos Humanos só atenderá duas vezes por semana

Grupos locais | Divulgação
Grupos locais (Foto: Divulgação)

A greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) completou 1 mês ontem, com a adesão de mais um setor da instituição. Durante a assembléia do comando de greve realizada na Praça Santos Andrade, a Pró-Reitoria de Recursos Humanos comunicou oficialmente que os servidores irão fechar as portas e atender apenas duas vezes por semana.

Ao todo, segundo estimativas do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest), 704 servidores que trabalham na UFPR estão em greve, o que representa 50% do total. "Já chegamos a ter 60% de adesão", diz o presidente do Sinditest, José Carlos Belotto. No Hospital de Clínicas (HC) da UFPR, o número de funcionários que aderiram ao movimento chegou a 215, 10% do total. No período de greve dos servidores que trabalham no HC, entre 28 de maio e 22 de junho, o número de leitos disponíveis nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) caiu para sete, metade do total. As UTIs cardíacas e as unidades de terapia semi-intensiva também foram prejudicadas. Muitos pacientes tiveram de voltar para casa neste período, por falta de atendimento. Todos os dias, na Central de Agendamento de Exames e Consultas havia uma fila de pacientes em espera considerada maior do que o normal. Diversas pessoas ficaram em pé durante, em média, duas horas para conseguir atendimento. A direção do HC comunicou oficialmente que deixou de arrecadar R$ 1,5 milhão no período em que os servidores do hospital não foram trabalhar. Isso porque os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) deixaram de ser fornecidos à população e, conseqüentemente, o governo federal não deverá repassar os valores referentes a eles. Os servidores do HC decidiram voltar ao trabalho depois que a Justiça Federal emitiu uma liminar autorizando os descontos dos salários de todos os faltosos e após a abertura de uma comissão especial para analisar e julgar os trabalhadores que aderiram à paralisação, com penalizações graves e até perda do emprego.

Na UFPR, os servidores continuam participando das manifestações. Logo após o retorno dos trabalhadores ao HC, o comando de greve radicalizou o movimento e, em solidariedade aos companheiros de trabalho, invadiram o Centro de Computação Eletrônica (CCE) da instituição.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.