Dos 3,5 mil inquéritos de mortes violentas ocorridas em Curitiba ainda sem conclusão nos últimos dez anos, 1.995 conseguiram ser analisados e concluídos pelo grupo Homicídios Não Resolvidos (Honre), criado pela Delegacia de Homicídios em abril deste ano. O objetivo era investigar casos ocorridos até 31 de dezembro de 2008 que não haviam sido concluídos por falta de informações.
Para o delegado Rubens Recalcatti, ex-responsável pelo grupamento e atual delegado chefe da DH, o resultado é muito significativo, uma vez que a sociedade tem uma resposta da polícia.
Para ele, os pedidos de novos testemunhos de familiares das vítimas eram recebidos com surpresa. "A grande maioria, nem imaginava que os casos poderiam ser solucionados um dia". Ele alega que a grande dificuldade encontrada é encontrar as pessoas envolvidoa nos crimes.
No saldo, a análise dos inquéritos demonstrou que 30% das vítimas tinham envolvimento com crimes; uma grande quantidade tinha autores identificados já mortos ou presos; e múltiplas participações de criminosos em diversos outros homicídios, além da identificação de grupos que agiam em bairros como Cajuru, Capão Raso, Sítio Cercado e Tatuquara. "Com isso, muitos envolvidos serão chamados por crimes cometidos nos últimos 10 anos".



