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Estelionato

Grupo dava golpe ao prometer resgatar fundo de investimento

Idosos depositavam dinheiro pensando que investimento seria resgatado do banco

Um grupo de 17 pessoas (10 de Santa Catarina e 7 do Paraná) foi preso, ontem de manhã, acusado de arrecadar cerca de R$ 5 milhões em golpes contra aposentados, entre os anos de 2004 e 2007. Os idosos depositavam valores para a quadrilha em troca do resgate do antigo Fundo 157, criado pelo regime militar em 1967 e que permitiria até 1983 que 2% do valor do Imposto de Renda fosse aplicado em ações do mercado imobiliário. Entretanto, o fundo foi encerrado em 1980 e os valores transferidos para outras carteiras de aplicação, o que confundiu muitos investidores que acabaram não resgatando os valores. A polícia informou que mais de 100 aposentados foram lesados no Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Os irmãos Antônio Carlos e Unírio Tadeu Eggres, apontados como chefes do esquema, foram presos em Curitiba. Todo o grupo foi preso na Operação Auration da Diretoria Estadual de Investigações Criminais de Santa Catarina (Deic-SC) e pelo Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos do Paraná (Nurce). Segundo a polícia, a quadrilha atuava há pelo menos cinco anos aplicando o golpe do Fundo 157.

Segundo o delegado do Deic, Luiz Carlos Goulart, os estelionatários se passavam por funcionários de bancos, empresários e advogados. Eles abordavam os aposentados com documentos falsos e explicavam que era possível resgatar o dinheiro do 157. "Com os papéis em mãos, eles enganavam os aposentados e cobravam o depósito de 10% do valor do fundo adiantado. Depois que recebiam o dinheiro, os estelionatários desapareciam", afirma Goulart. "Alguns depósitos chegaram a R$ 300 mil", complementa o delegado-chefe do Nurce, Sérgio Sirino.

A polícia apreendeu com o grupo três veículos importados, R$ 20 mil e cerca de 200 cartões de crédito, além de três armas de fogo. Todos os presos já tinham passagens pela polícia. Eles vão responder por estelionato e porte ilegal de arma.

A ação em Santa Catarina foi em Florianópolis, Joaçaba, São José, Balneário Camboriú, Barra Velha, Itajaí e Irani. No Paraná, as prisões foram na capital, além de São José dos Pinhais e Colombo, na região metropolitana.

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