A precariedade e o descaso no atendimento e funcionamento da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, denunciada na Câmara de Vereadores, pode render a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A informação foi divulgada na coluna (conteúdo exclusivo para assinantes) do jornalista Celso Nascimento na edição desta segunda-feira (12) da Gazeta do Povo.
O relato da situação na Santa Casa foi feito na última quinta-feira (8) pelo médico Ney Regattieri do Nascimento, chefe do serviço de anestesiologia, e pela professora Alzeli Basseti, ex-ouvidora geral da Irmandade. Falaram em nome de 70 profissionais que decidiram criar um "grupo de resistência" contra o que definem com palavras que vão de "insânia", "despotismo", "autoritarismo" e "usurpação".
Entre as denúncias apresentadas pelo médico, estão, segundo o colunista, o aumento da dívida de R$ 5 milhões para R$ 40 milhões, a demissão de 1.200 funcionários, a desativação de leitos e enfermarias e o fechamento da clínica odontológica e do laboratório de análises clínicas (um dos mais conceituados do país).
Em 1999, a administração da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba foi transferida à Pontifícia Universidade Católica (PUC). O acordo firmado há oito anos passou a ser chamado de Aliança e previa que os dois hospitais da Irmandade a Santa Casa e Psiquiátrico Nossa Senhora da Luz passassem a servir como escolas agregadas ao curso de Medicina da PUC. Em troca, a PUC se comprometia a gerir as duas instituições, mas mantendo a tradição de atendimento aos pobres mais carentes. Veja a cobertura completa sobre este caso na edição do jornal Gazeta do Povo desta terça-feira (13).



