Um grupo de aproximadamente 150 manifestantes ocupa a Câmara Municipal de Santa Maria na manhã desta quarta-feira (26). Eles passaram a noite no local depois de protestarem durante a sessão que ocorreu na tarde de ontem. Muitos dormiram em cadeiras do plenário ou no chão.
Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, os manifestantes ocuparam a tribuna durante a sessão e exigiram a exoneração do procurador jurídico, Robson Zinn, e a renúncia imediata dos três vereadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara para apurar as responsabilidades da tragédia ocorrida em 27 de janeiro na boate Kiss: Maria de Lourdes Castro (PMDB), Doutor Tavores (DEM) e Sandra Rebelato (PP).O incêndio ocorrido na casa noturna provocou 242 mortes.
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Os vereadores ainda não se pronunciaram sobre o pedido de renúncia. A presidência da Câmara irá analisar a exigência feita sobre o procurador jurídico.
Os manifestantes, a maioria jovens e adolescentes, não concordam com a composição da CPI. Uma gravação de áudio feita em abril durante uma sessão da comissão é o motivo da revolta. Na conversa, vereadores e assessores teriam comentado que a investigação "não daria em nada". O Ministério Público investiga o caso.
Depoimentos que estavam marcados para ocorrer hoje na CPI foram cancelados por causa do protesto.
O grupo que invadiu a Câmara também reivindica melhorias no transporte público da cidade. Uma audiência pública para discutir o assunto foi marcada para 5 de julho.
Integrantes da Brigada Militar (a PM gaúcha) chegaram a se posicionar em frente ao prédio para cumprir uma determinação de reintegração de posse deferida pela Justiça do Rio Grande do Sul, na noite de ontem. A direção da Câmara, no entanto, desistiu da desocupação do local utilizando força policial, segundo a assessoria de imprensa.Durante a noite, foram feitas pichações em algumas paredes da Câmara. Não há previsão de saída do grupo do local.



