
Quatro pessoas foram presas nesta quinta-feira (28), durante a Operação Ares II, suspeitas de integrar uma quadrilha de traficantes de armas. Uma pessoa foi detida em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, e as outras no Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Federal, o grupo era responsável por fornecer armamentos de uso restrito e com grande poder de destruição para quadrilhas que atuam em favelas cariocas.
O homem preso em Foz do Iguaçu seria o responsável por trazer as armas do Paraguai. Depois de entrar no país, o armamento seguia para o Rio de Janeiro escondido na parte interna de veículos de passeio. O chefe da quadrilha e destinatário das armas era morador de São Gonçalo e atuava na área de transporte alternativo para lavar o lucro com o tráfico de armas.
A polícia tinha mandado de prisão para o homem, mas quando a polícia chegou ao condomínio em que residia ele já havia fugido. O suspeito foi avisado pelo porteiro da ação policial. A mulher, filho e pai foram detidos, este último, preso em flagrante por possuir na residência munição e armas de fogo, inclusive um revólver Magnum 44, de calibre restrito. O porteiro foi conduzido à Superintendência da PF no Rio de Janeiro onde será lavrado Termo Circunstanciado pela prática de favorecimento pessoal (art. 348 do Código Penal).
Apreensões
As investigações foram iniciadas em outubro de 2008 com a apreensão de 25 armas em Foz do Iguaçu. O arsenal era composto por pistolas automáticas 9mm de fabricação israelense, austríaca e argentina, quatro revólveres calibre 44, da marca Magnum e uma submetralhadora MAC 10 israelense.
Na última terça-feira (26), a Delegacia de Polícia Federal em Cascavel, também no Oeste, apreendeu em um veículo de passeio dois fuzis de calibre 7,62 e 5.56, duas metralhadoras 9 mm, duas pistolas 9 mm e carregadores diversos. O armamento é de uso restrito das Forças Armadas.
A PF calcula que com as apreensões de armas e bens realizadas ao longo das investigações, a quadrilha tenha tido prejuízo de cerca de 500 mil reais.



