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O ano começou angustiante. Apresentando os resultados de um problema já anunciado em 2014, não foram poucas as vezes que notícias sobre a crise hídrica no Brasil, em especial em São Paulo, ocuparam as pautas dos jornais.

Simone Strapasson, professora da Escola Lucídio Ribeiro, de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, percebeu a urgência de discutir o assunto e propôs à turma do 4º ano para a qual dá aulas uma análise crítica da situação. Valendo-se de seis reportagens da Gazeta do Povo sobre a crise hídrica, aliou a abordagem ao conteúdo curricular e pensou em estratégias para aproximar a polêmica dos pequenos.

Por meio de leituras em grupo, trabalharam compreensão, oralidade e poder de síntese ao resumir os conteúdos em cartazes posteriormente expostos na escola. Após as apresentações, criaram textos ressaltando o que haviam aprendido sobre o tema e soltaram a imaginação ao desenhar áreas verdes ou cidades na parte superior de páginas em branco. Na outra metade da folha, um rio foi desenhado. Simone conta que as crianças entenderam que a destinação incorreta do lixo, por exemplo, polui a água e compromete as condições de vida. “Separamos os desenhos que apresentavam vegetação e áreas urbanas, colamos um ao lado do outro e refletimos sobre como seria a qualidade de cada um dos rios. As discussões foram muito ricas”, lembra.

Conhecimento prático

Em pouco tempo, a necessidade de levar os aprendizados para fora da escola chegou e informativos sobre formas de utilizar o recurso com consciência foram criados. “Foram muitas pesquisas e discussões até distribuirmos os panfletos à comunidade”, conta Simone. O local escolhido para a distribuição foi uma rua de fluxo intenso do bairro. Para garantir a segurança dos estudantes, a ação foi acompanhada pela guarda municipal do município.

Simone conta que, durante a intervenção, os estudantes assumiram a identidade de “guardiões da água”. “Foi uma ação muito significativa. Deu tão certo que continuamos trabalhando o assunto aliado à grade curricular”, diz.

Para viver a realidade aprendida em sala, a turma visitou uma plantação orgânica para entender mais sobre o uso do recurso na agricultura, conheceu a nascente do Rio Piraquara e uma reserva ambiental de propriedade da Sanepar. Agora, eles se preparam para visitar uma empresa que capta água da chuva e desenvolve um projeto interno de tratamento do recurso.

Para a supervisora pedagógica da escola, Rita Lima, além de contribuir com o conhecimento, o trabalho desenvolveu muito da observação e criticidade dos alunos. “Conhecendo o uso da água doméstico, na indústria e agricultura podemos concluir nossa análise sobre onde mais a utilizamos e quais as economias possíveis de serem feitas”, conclui.

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