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Trânsito

Guinchamentos caem 34% em Curitiba

Até o fim de setembro, capital teve menos veículos recolhidos por estacionamento irregular do que no ano passado

Capital tem média de 7,77 veículos diariamente recolhidos das ruas neste ano | Rodolfo Bührer/Arquivo Gazeta do Povo
Capital tem média de 7,77 veículos diariamente recolhidos das ruas neste ano (Foto: Rodolfo Bührer/Arquivo Gazeta do Povo)

O número de veículos removidos pela prefeitura de Curitiba por estacionamento irregular vem caindo desde a implantação do sistema de guincho, em setembro de 2009. Neste ano, consideradas as remoções até o fim do mês passado, a média é de 7,77 veículos guinchados por dia, contra uma média de 11,73 no ano passado – uma queda de 34%. Nos três primeiros meses do sistema na cidade, a média chegou a 24 carros guinchados por dia. Os dados são da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran).

A tendência de queda das remoções coincide com a baixa na arrecadação com multas de trânsito na cidade. De acordo com o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), houve uma redução de 17,2% nas infrações emitidas no primeiro semestre de 2012, em comparação com o mesmo período do ano passado.

O chefe do departamento de fiscalização da Setran, Adão José Lara Vieira, relaciona a queda de guinchamentos e de multas a um processo educativo desenvolvido pela prefeitura desde 2009. "No começo, achamos que a população poderia não aprovar o guincho. Mas isso não aconteceu, o povo comprou totalmente a ideia", diz.

Segundo o diretor, os agentes da prefeitura passaram a ser mais respeitados depois que passaram a ter autoridade para solicitar guinchamentos. "Ninguém gosta de ser multado, quanto mais ter o veículo guinchado. Assim houve esta queda nas infrações. Mas nosso foco é sempre a educação."

Processo de remoção

Desde o fim de 2009, a empresa Auto Socorro RemovCar, que venceu licitação da prefeitura, cuida da remoção dos carros estacionados irregularmente. Para reaver o veículo guinchado, o proprietário deve pagar a taxa de serviço de remoção e as diárias de permanência no pátio da Setran. Se o dono do veículo não retirá-lo em até 90 dias, o carro pode seguir para leilão.

Toda a verba arrecadada com taxa de serviço e diárias vai para a RemovCar. A prefeitura também sai ganhando: depois de removidos, os veículos só podem ser retirados do pátio se eventuais débitos vencidos forem quitados – como IPVA, licenciamento e multas de trânsito.

Multa

Quando o veículo é removido, o proprietário também recebe uma multa de trânsito, que pode variar de leve a gravíssima. Os valores das multas vão para o caixa da prefeitura.

Já houve três leilões em Curitiba de carros guinchados por estacionamento irregular. Ao todo, negociaram-se 288 veículos que não foram retirados pelos proprietários depois de removidos. No primeiro, em dezembro de 2010, arrecadou-se R$ 427,8 mil; no segundo, em maio de 2011, R$ 392 mil. A prefeitura não informou a arrecadação do terceiro leilão, realizado em dezembro do ano passado. A prefeitura estuda a realização de um quarto leilão de veículos removidos, com previsão de ocorrer no fim deste ano ou no início do ano que vem.

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