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Colégio Júlia Wanderley preparado para a eleição: convite à cidadania. | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Colégio Júlia Wanderley preparado para a eleição: convite à cidadania.| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Cerca de 2,3 milhões de pessoas entre pais, alunos, funcionários e professores das 2,1 mil escolas da rede pública estadual do Paraná poderão escolher hoje a nova direção de suas escolas. A votação ocorre das 8 às 22 horas nas escolas estaduais. Em alguns locais os alunos serão dispensados das aulas, devido ao trabalho voluntário de professores e funcionários no processo de eleição.

Concorrem aos cargos cerca de 5 mil candidatos. Os diretores são escolhidos para um mandato de três anos e podem ser reconduzidos por mais duas vezes consecutivas. Podem votar os professores, funcionários; responsáveis pelos alunos menores de 16 anos não-votantes e os alunos matriculados no ensino médio e educação profissional, independentemente da idade. Também votam os alunos do ensino fundamental com 16 anos completos até a data da eleição.

O voto é secreto e facultativo. Já o processo eleitoral é paritário e proporcional à quantidade de votos válidos em cada categoria, dependendo de um quórum mínimo de 35%. A apuração dos resultados começa após encerrada a votação. Para a secretária de educação do Paraná, Yvelise Arco-Verde, a participação da comunidade é imprescindível. "É importante prestar atenção nas propostas pedagógicas e no plano de ação de cada uma das chapas. Essas propostas devem mostrar como serão os próximos anos da escola", afirma.

Colégio Estadual do Paraná

A eleição direta para diretores nas escolas públicas estaduais teve início em 2003. Ficam de fora do processo 273 instituições, entre elas as religiosas, Apaes e conveniadas, o Colégio Estadual do Paraná (CEP) e o Colégio Estadual da Polícia Militar. De acordo com a secretária de Educação, há um regime especial para a escolha do diretor nesses locais.

No CEP, a falta de eleições para a direção vem causando polêmica e no ano passado chegou a gerar várias manifestações e afastamento de professores. Desde 1964 uma lei estabelece que a escolha de um novo diretor deve ser indicada pelo governador. Contra essa determinação, o Grêmio Estudantil Estadual do Paraná, o Comitê Pró-Diretas e a APP- Sindicato comandam um plebiscito para saber a opinião da comunidade (professores, pais e alunos) a respeito da eleição direta.

De acordo com Yvelise, a Secretaria não irá se opor ao movimento, desde que ocorra de maneira pacífica. "Essa mobilização dos estudantes faz parte da formação de cidadania. É legítimo. O que a Secretaria não pode é ir contra uma determinação do governador e promover o processo eleitoral no colégio. É isso que os estudantes precisam entender", afirma.

A diretora social do Grêmio Estudantil Estadual do Paraná, Lizandra Rocha Souza, afirma que a intenção é fazer a consulta à comunidade dentro dos corredores das escolas e sem tumulto. "Caso haja algum impedimento faremos a votação na rua, em frente à entrada do colégio", diz. A estudante explica que o resultado será apresentado ao presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (DEM), junto com um pedido de aceleração da votação de um projeto lei que tramita no Legislativo. De autoria do deputado estadual Mauro Moraes (PMDB), a proposta prevê alteração no tipo de escolha da direção do Colégio Estadual.

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