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Casos recentes

A ação de "justiceiros populares" tomou força depois que um adolescente de 15 anos foi acorrentado nu a um poste no Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano. Desde então, casos como esse têm se repetido. Em Curitiba, um suspeito de roubar um notebook no bairro Água Verde foi amarrado em uma árvore até a chegada da polícia. Esta semana, uma mulher foi linchada no Guarujá, litoral de São Paulo, por ser suspeita de ter sequestrado crianças, apesar de não haver provas e nem registros dos supostos sequestros.

Em mais uma ação de "justiceiros" – quando a população toma pra si o papel da polícia – um homem foi agredido e morto a tiros depois de tentar assaltar um rapaz na Avenida das Torres, no Jardim Botânico, em Curitiba. É o segundo caso em Curitiba em menos de uma semana.O homem de cerca de 40 anos disse que era policial civil antes de anunciar o assalto, segundo testemunhas. Ele chegou a tomar R$ 200 de um rapaz que atravessava a pé a trincheira da Vila das Torres. A vítima revidou, agrediu o assaltante e o imobilizou com uma chave de braço enquanto esperava a chegada da polícia.

Os dois brigaram por alguns minutos e foram até um posto de gasolina próximo, com o rapaz ainda imobilizando o assaltante. Então outros dois homens não identificados, que não estavam no local até o momento, apareceram em uma bicicleta e acertaram o suspeito com tiros na cabeça. Testemunhas afirmam que, antes de efetuar os disparos, eles falaram que o assaltante não poderia roubar naquela região. Logo em seguida, uma terceira pessoa, também não identificada, pegou chaves do bolso do assaltante morto e roubou a moto dele.

As imagens da briga inicial foram registradas em um celular por um rapaz que passava de carro na hora. Elas estão em poder da Delegacia de Homicídios, que tenta identificar os envolvidos. Até o momento, a polícia ainda não identificou o assaltante, os homens suspeitos de matarem o assaltante e nem a pessoa que roubou a moto. O delegado Dirceu Schactae disse que equipes estão infiltradas no bairro em busca de informações. O rapaz assaltado conseguiu reaver os R$ 200.

O incidente aconteceu perto das 16h desta terça-feira (6) em um local de bastante movimento. Nas imagens registradas pelo celular, muitas pessoas aparecem andando pela rua, mas ninguém interfere. No posto de gasolina, onde o suspeito foi morto, funcionários afirmam não terem visto a hora dos disparos e dizem que essa situação é comum na região da Vila das Torres, depois do viaduto, onde há conflitos entre gangues rivais.

Outro caso

Outro incidente parecido aconteceu na noite do último sábado (3). Um homem foi agredido por um grupo de pessoas na rua depois de supostamente assaltar uma mulher na Avenida Mariano Torres, no Centro de Curitiba. Ao chegar ao local para atender a ocorrência, a Polícia Militar não encontrou ninguém dizendo ter sido assaltado.

O homem, um morador de rua, foi levado com ferimentos ao Hospital do Cajuru. Não há informações sobre o seu estado de saúde, pois ele não foi identificado. Neste dia, porém, não houve queixa de roubos naquela região, de acordo com a Polícia Civil. Nenhuma das pessoas que viram a cena prestaram queixa. Também não houve registro de boletim por agressão, porque o próprio agredido teria que prestar queixa em uma delegacia.

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