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Campina da Lagoa

Homem que matou o filho presta depoimento e diz que tiro foi acidental

O agricultor Oziel de Lima Raposo, de 25 anos, que matou o filho, Leonardo Moura Raposo, de seis anos, com um tiro na cabeça na última terça-feira, no distrito de Sales de Oliveira, em Campina da Lagoa, na Região Centro-Oeste do estado, se apresentou nesta sexta, por volta das 9 horas, e prestou depoimento por mais de uma hora na delegacia da cidade. O agricultor, que chegou acompanhado apenas do pai, contou aos policiais que o tiro que matou o seu filho, foi acidental. "Ele chegou do trabalho e foi limpar a arma, ao recarregar o revolver calibre 38 apertou o gatilho e acertou o filho que estava brincando próxima a residência", disse o investigador João Marcos Rogato. O tiro acertou a testa da criança. Segundo Rogato, após disparar contra o filho, o agricultor alegou que perdeu os sentidos. "Ele disse que após o tiro não lembra de ter agredido os familiares".

Conforme o investigador, o agricultor agrediu com coronhadas de revólver a mãe, a mulher, atirou no próprio pai e no irmão, que continua internado no hospital municipal em Campina da Lagoa. Ele não corre risco de morte. De acordo com o depoimento da esposa, Jocena de Moura, o marido tomou um copo de bebida alcoólica, pegou a arma foi até os fundos da residência para fazer tiro ao alvo em um pedaço de tábua. "Quando ela escutou o segundo disparo, saiu na porta da casa e viu o filho caído no chão", relatou Rogato. Segundo ele, a mulher disse que tentou tirar a arma do agricultor, mas não conseguiu. "Oziel teria afirmado que como já havia acertado o filho, mataria o resto da família". Os pais de Oziel tentaram acalmá-lo, mas foram recebidos a bala e agredidos. "Parecia que ele não estava normal", diz o pai de Oziel, o agricultor Israel Raposo, de 48 anos.

Segundo Israel, após acalmar o filho, tentou socorreu o neto, mas ele já estava morto. "Não tinha mais nada a ser feito". Mas, na versão do motorista da Ambulância que socorreu a criança, Sidnei da Silva, houve contradição. Ele contou em depoimento que ao chegar na residência encontrou a criança respirando. "Ele ainda estava vivo", disse Silva.

A polícia civil deve ouvir, na próxima semana, o irmão do agricultor que está internado e concluir o inquérito que será encaminhado ao Fórum. "O Ministério Público deve denunciar o agricultor por homicídio culposo, pela morte do filho, e doloso, por ter atirado contra os pais e esposa", explica Rogato. Segundo ele, o agricultor não foi preso por se apresentar espontaneamente e ter escapado do flagrante. "Se ele não se apresentasse seria pedido à prisão temporária".

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