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Sindicância

Homem que morreu após 4 anos internado foi vítima de erro de funcionário, diz hospital

Mesmo internado, João Carlos Siqueira Rodrigues produziu um livro, lançado em 2011. Ele morreu no fim de agosto

João Rodrigues estava internado devido a uma rara doença degenerativa. | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
João Rodrigues estava internado devido a uma rara doença degenerativa. (Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo)

A morte do autônomo João Carlos Siqueira Rodrigues, que ficou conhecido por produzir um livro mesmo estando preso a uma cama de hospital, ocorreu por um "ato falho de um profissional", de acordo com sindicância do Hospital Evangélico. A conclusão da sindicância foi divulgada nesta quinta-feira (4). O funcionário foi demitido, segundo o hospital.

Rodrigues morreu aos 38 anos de idade, em 28 de agosto, depois de ter permanecido internado por quatro anos no Evangélico. Ele era portador de uma doença neuromuscular dengenerativa, a polirradiculoneuropatia. Por causa disso, ele perdeu o movimento dos músculos e passou a respirar com a ajuda de aparelhos.

Enquanto estava internado no Evangélico, Rodrigues elaborou o livro "Caçador de Lembranças", publicado em 2011. Ele ditava as sentenças do livro a uma pessoa que as transcrevia. Ainda no internamento, o paciente ficou noivo e se casou.

A sindicância havia sido instaurada pelo hospital para averiguar denúncias de "desconformidade no atendimento" a Rodrigues. O relatório final apontou que a falha do funcionário abreviou a vida do paciente, mas a nota divulgada pelo Evangélico não detalha qual foi esse erro de procedimento. "A direção lamenta o erro humano e ratifica sua solidariedade e integral apoio à família", finaliza a nota.

Morte da mãe

A mãe de João Carlos, a dona de casa Elza Siqueira Rodrigues, de 68 anos, morreu no dia 28 de agosto após saber do falecimento do filho. Elza teria problemas cardíacos e ficou muito nervosa quando foi comunicada por telefone sobre o falecimento de João. Ela morreu vítima de infarto agudo, segundo o hospital.

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