
Thelma Villanova Kasprowicz, filha do primeiro prefeito de Maringá, Innocente Villanova Junior, deu sinais, desde os primeiros anos de vida, em Teixeira Coelho (a 158 quilômetros de Curitiba), de que seria pediatra. A evidência estava no fato de que ela demonstrava um carinho todo especial pelas bonecas que tinha. Desde as feitas de porcelana, até as outras de pano.
Com esse perfil, Thelma se formou médica, em 1957, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em seguida, especializou-se em pediatria. "No auge da carreira, não existiam os médicos plantonistas, então ela atendia muito durante a madrugada", relembrou a filha Débora. Ela foi também a primeira pediatra de Maringá e durante 50 anos atendeu no Hospital Santa Casa.
O carinho pelas crianças dos outros aumentou ainda mais quando ela perdeu dois filhos de maneira repentina. Primeiro foi uma menina, horas após o parto. Depois foi o garoto Cristian. Ele fazia trabalho na casa de um colega de classe, quando este último resolveu lhe mostrar uma relíquia de família, uma espingarda usada em 1945 na Revolução Farroupilha. Um tiro, acidental, matou o menino e marcou de forma trágica a vida da médica.
Thelma também tinha o hábito de prestar atendimentos, sem cobrar nada, em cinco entidades filantrópicas de Maringá. Cidadã benemérita do Município, ela cedeu o próprio nome ao Hospital Municipal Thelma Villanova Kasprowicz.
Deixa o marido, uma filha, duas netas e uma bisneta.
Dia 14 de novembro, aos 82 anos, de pneumonia e infecção hospitalar, em Maringá.



