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A empresa Norte e Sul Atividades Portuárias e Marítimas Ltda, de Paranaguá, voltou a ser multada em R$ 2 milhões pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Técnicos do IAP descobriram na segunda-feira passada um depósito irregular de lixo hospitalar da firma, que abrigava cerca de 20 toneladas de resíduos infectantes altamente poluentes. Essa foi a segunda autuação, neste mês, contra a empresa, que já acumula multas no valor de R$ 5 milhões por crime ambiental.

De acordo com o instituto, o lixo estava em dois contêineres no pátio da empresa Rota 90. São seringas, lâminas e gases, entre outros materiais, coletados em navios e clínicas médicas particulares da cidade. Os dejetos deveriam ser incinerados, de acordo com a legislação ambiental, para não representarem risco de infecção à população ou ao meio ambiente.

Há três semanas, o IAP já havia encontrado 40 toneladas de lixo infectante, de propriedade da Norte e Sul, escondidas em um posto de combustível abandonado. Na ocasião, o IAP multou em R$ 2 milhões e cassou a licença ambiental da empresa.

Em seguida, a prefeitura de Paranaguá aplicou outra multa de R$ 1 milhão e cancelou o alvará que permitia o funcionamento da firma. "A partir da notificação (dia 6), a empresa tinha 30 dias para apresentar defesa, mas até agora não fez nada", diz o secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Émerson Fukushima.

Agora, o instituto ambiental fez a nova autuação de R$ 2 milhões e, diante da reincidência, a situação da empresa perante à prefeitura também se agravou. "Devemos dobrar a multa de R$ 1 milhão e entrar com um pedido de liminar na Justiça para cancelar de vez o alvará dessa empresa", antecipou Fukushima.

O IAP chegou ao local após uma denúncia anônima. A empresa Rota 90 alegou desconhecer o conteúdo dos contêineres. A comprovação de que o lixo pertencia à Norte e Sul foi feita por meio de uma nota fiscal de aluguel do espaço onde o lixo estava armazenado. O IAP investiga agora a existência de outros três contêineres com lixo hospitalar que ainda estariam escondidos no município, de acordo com a denúncia que levou os fiscais à Rota 90. A Gazeta do Povo tentou entrar em contato com o empresário Osório Alves de Barros, proprietário da Norte e Sul, mas ele não foi localizado.

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