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Uma mulher de 65 anos ficou presa na porta de um ônibus e foi arrastada na manhã desta sexta-feira (30), no Centro de Curitiba. Amélia Terezinha Belinásio sofreu ferimentos no braço e foi encaminhada para o Hospital Cajuru. É o segundo caso de acidente envolvendo passageiros do transporte coletivo na capital em três dias. Na quarta-feira (28), Cleonice Ferreira Gouveia, de 29 anos, morreu atropelada ao cair de um ônibus em movimento.

Nos dois casos a porta do veículo foi o principal causador do acidente. No primeiro, a passageira caiu do ônibus superlotado quando a porta abriu com o veículo em movimento. No segundo, a idosa ficou com o braço preso na porta, que fechou antes que ela terminasse de descer. Era por volta das 8 horas e Amélia pretendia descer no ponto localizado a esquina das ruas Desembargador Motta e Fernando Moreira.

A idosa acabou sendo arrastada por alguns metros. Segundo a assessoria de imprensa do Hospital Cajuru, ela sofreu escoriações no braço ao ser arrastada no chão. A idosa passou por exames e os médicos constataram que não sofreu nenhuma fratura. Ela recebeu alta e foi para casa por volta das 11 horas.

A prefeitura informou que não tem conhecimento do acidente com a idosa. Nenhuma empresa de transporte teria comunicado a ocorrência do incidente. Todos os acidentes envolvendo os ônibus têm de ser informados para a Urbanização de Curitiba (Urbs), órgão da prefeitura que administra o transporte coletivo integrado da região metropolitana. A empresa poderá ser multada.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) abriu inquérito civil, na quinta-feira (29), para investigar o acidente que matou a auxiliar de serviços gerais Cleonice Ferreira Gouveia. A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba pretende apurar se houve falha no sistema de segurança do veículo e se a situação que pode se repetir.

O MP solicitou informações da Urbanização de Curitiba (Urbs), que administra o sistema de transporte integrado da região metropolitana, e da empresa Araucária Transporte Coletivo LTDA. As empresas têm prazo de dez dias para responderem os questionamentos do MP. O inquérito é assinado pelos Promotores de Justiça Maximiliano Ribeiro Deliberador e Cristina Corso Ruaro.

Recomendações

Para evitar acidente e manter o bom funcionamento dos ônibus do transporte coletivo, os veículos são vistoriados a cada seis meses, afirma o diretor de transportes da Urbs, Fernando Ghignone. Já as condições dos pneus e limpeza dos coletivos são rotineiramente verificados pelos fiscais da empresa.

A recomendação para quem sofrer um acidente dentro de um ônibus e registrar a ocorrência junto a Urbs. O passageiro deve relatar com detalhes o acontecido, citando local, horário, nome da linha e número do ônibus.

O regulamento da Urbs prevê uma série de normas que as empresas devem seguir, uma delas é a boa dirigibilidade dos veículos. "Se ficar comprovada a culpa da empresa no acidente ela pode ser multada", disse Ghignone.

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