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Recife

Igreja evita veto a novo caso de aborto legal

Médicos do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), do Recife (PE), deram início sexta-feira (9) ao processo de abortamento legal em uma menina de 10 anos que ficou grávida após ser abusada sexualmente pelo padrasto. O caso mostra uma mudança de posição da Igreja Católica pernambucana, que evitou polemizar sobre o procedimento. Há um ano, a Igreja tentou dificultar o abortamento legal em um caso semelhante.

O estado de saúde da garota, que vinha sendo vítima de abuso há mais de dois anos, é considerado bom. Segundo a diretora do Cisam, Fátima Maia, a criança estava com 16 semanas e três dias de gestação.

Há cerca de um ano, quando outra menina, de 9 anos, também vítima de abuso, passou pelo mesmo procedimento, o então arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso, foi contra - os médicos do Cisam e a mãe da vítima acabaram excomungados pela Igreja.

Sucessor de dom José, dom Fernando Saburido declarou-se "triste" mas disse que a decisão é dos pais. "Se há um consenso médico de que a vida da mãe corre risco, o aborto é algo a ser considerado." D. Fernando disse, porém, que a Igreja é contra o procedimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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