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O Instituto de Medicina Legal (IML) informou nesta quinta-feira (14) que conseguiu identificar os corpos de sete das 16 vítimas da queda do avião da empresa aérea Noar, ocorrida na manhã desta quarta-feira (13), no Recife.

O IML ainda não divulgou os nomes das vítimas identificadas, todas elas por meio de impressões digitais. Na manhã desta quinta (14), havia sido divulgada a identificação apenas do corpo do copiloto Roberto Gonçalves, também por meio das impressões digitais.

Os corpos ficaram carbonizados em razão do incêndio na aeronave após a queda, por isso, o IML colheu impressões digitais de apenas 11 dos corpos. O restante das identificações deverá ser feita por meio de arcadas dentárias e exames de DNA.

Familiares das vítimas estão no Hotel Atlante Plaza, onde aguardam informações sobre o andamento da identificação e possível liberação dos corpos para os sepultamentos. As famílias de outros estados receberão informações sobre a liberação dos corpos por meio do IML local.

Voos suspensos

A empresa Noar Linhas Aéreas decidiu suspender, nesta quinta-feira, os voos que realizaria com partida do Recife em direção às cidades de Maceió e de Mossoró (RN). A companhia aérea já havia suspendido a operação na quarta-feira após o acidente no Recife.

O acidente com o bimotor da Noar ocorreu pouco antes das 7h. A aeronave havia decolado do aeroporto internacional do Recife com destino a Mossoró, no Rio Grande do Norte. Quatro minutos após a decolagem, caiu em um terreno perto da Avenida Boa Viagem.

Aeronave com pouco uso

Giovanne Farias, diretor comercial da empresa aérea, disse que a última manutenção na aeronave foi realizada no fim de semana passado. "O avião tem menos de um ano de uso. A manutenção foi feita no fim de semana. A aeronave voou pela última vez nesta terça-feira [12]."

Ele afirmou ainda que a aeronave tinha menos de um ano de uso e que o modelo é considerado seguro. "A aeronave estava com o peso de 5.559 quilos e o máximo permitido é de 6.600 quilos. Estava dentro das normas."

As caixas-pretas da aeronave foram localizadas. A análise dos equipamentos, responsáveis pelo registro dos instrumentos do avião e da conversa entre os tripulantes, irá ajudar a compreender como aconteceu o acidente com o bimotor da empresa Noar Linhas Aéreas.

A leitura dos dados será realizada no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), desde que os materiais não estejam danificados. Os motores da aeronave, também retirados, serão encaminhados para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), para análise.

Contatos piloto e torre

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o piloto relatou pane logo após a decolagem. De acordo com dados do centro de controle do aeroporto, o piloto informou 55 segundos após a decolagem que o avião apresentava problemas.

No relato à torre, ele disse que tentaria pousar ainda na cabeceira 36 da pista do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, de onde partiu as 6h51. A intenção era fazer o pouso de emergência no sentido contrário ao da decolagem.

Dois minutos depois, às 6h53min57s, ele retomou o contato com os controladores de voo, dizendo, desta vez, que não chegaria à pista e que tentaria pousar na praia de Boa Viagem. O centro de controle do espaço aéreo de Recife perdeu totalmente o contato com o avião e ele sumiu da tela do radar às 6h54min18s, quatro minutos após a decolagem.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que a aeronave acidentada "estava com a manutenção em dia" e que não irá determinar a suspensão dos voos da empresa.

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