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Educação

Impasse entre prefeitura e creches deixa 270 crianças sem atendimento em Londrina

A falta de repasses por parte da administração municipal impediu o pagamento dos salários das funcionárias de dois CEIs, que entraram em greve nesta segunda-feira

Um impasse entre a Secretaria Municipal de Educação e a administração de dois Centros de Educação Infantil (CEIs) deixou mais de 270 crianças sem atendimento na manhã desta segunda-feira (25) em Londrina. A falta de repasse de verbas por parte da Prefeitura impossibilitou o pagamento dos salários de janeiro das funcionárias do CEI Menino Jesus, na região leste, e do CEI Padre Boaventura, na região sul, que entraram em greve nesta manhã.

Os pais foram avisados da decisão ainda na tarde de sexta-feira (22). Cartazes afixados nos portões das unidades alertavam sobre a paralisação. Segundo a gerente administrativa dos dois CEIs, Jackeline Pereira de Barros, as atividades voltarão ao normal assim que as verbas forem repassadas. "Infelizmente, a informação que temos é de que esse repasse só será feito em março. Até lá, vamos continuar fechados", avisou.

Um conflito na documentação dos CEIs fez com que o convênio com a Prefeitura fosse cancelado. A certidão negativa, emitida pela Controladoria Geral do Município, era necessária para a renovação do convênio. No entanto, de acordo com Jackeline, não foi possível emitir o documento pela internet. "O site estava em manutenção, apresentando uma mensagem de erro. Tivemos que pedir essa certidão pessoalmente, mas mesmo entregando na semana passada o repasse ainda não foi feito."

A secretária de Educação de Londrina, Janet Thomas, classificou o problema como pontual. Segundo ela, as unidades deveriam ter prestado contas em dezembro, mas a entrega dos documentos não foi feita no prazo. "Faltou uma ata, por isso não foi possível renovar o convênio. Isso no final do ano passado. Agora está correndo o processo de celebração de um novo convênio, por isso a demora", explicou.

A verba para os pagamentos de janeiro e de fevereiro já estaria empenhada. Nas contas de Jackeline, os R$ 17 mil recebidos da Prefeitura são insuficientes para o pagamento das contas. "A nossa folha de janeiro ficou em R$ 17,8 mil, fora os encargos", disse. "Ou há uma mudança na forma como as creches filantrópicas são atendidas ou haverá uma greve atrás da outra."

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