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Câncer

Impotência tem tratamento

Pesquisa internacional revela eficácia do uso de comprimido antes da relação sexual para pacientes que se submeteram à cirurgia de retirada da próstata

Um alento ao grupo considerado por especialistas como o de mais difícil para o tratamento da impotência sexual: aquele que é composto por homens submetidos à retirada da próstata para tratamento do câncer. Um estudo clínico internacional publicado recentemente pela Revista Européia de Urologia, feito em pacientes submetidos à cirurgia para tratamento do câncer de próstata, revelou que o uso do medicamento Vardenafila (princípio ativo do Levitra, da Bayer) apenas antes da relação sexual é mais eficaz se comparado com aqueles que já vinham utilizando o remédio todas as noites. A novidade foi apresentada ontem, em São Paulo, pelo cirurgião canadense Richard Willian Casey, diretor do Centro de Saúde Masculina (The Mail Health Centres), em Ontário, no Canadá.

Segundo especialistas, até 70% dos homens submetidos à retirada da próstata para tratamento do tumor sofrem com disfunção erétil. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam que 50 mil novos casos de câncer de próstata serão diagnosticados neste ano no Brasil. Para o urologista Eduardo Bertero, do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, tanto o tratamento da disfunção erétil quanto do câncer de próstata ainda são tabus para a sociedade brasileira. "Primeiro o homem que tem diagnóstico do tumor na próstata se preocupa com a cura do câncer. Só depois de meses que passou pela cirurgia passa a se preocupar com a impotência", diz.

O tratamento da impotência para homens submetidos à cirurgia da próstata é mais difícil porque, segundo explica o cirurgião canadense, independente da técnica utilizada, os nervos que trabalham na ereção do órgão sexual masculino acabam sendo atingidos. A pesquisa concluiu que 36% dos homens que utilizaram o comprimido antes do ato sexual e 20% daqueles que tomaram os remédio todas as noites conseguiram recuperar plenamente as funções sexuais. "Muitos pacientes com impotência acabam se afastando da parceira e perdem a intimidade. O mais importante é manter a qualidade de vida dessas pessoas", explica Richard.

A repórter viajou a convite do laboratório Bayer Schering Pharma.

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