Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Seca

Índios apelam à dança para pedir chuva

Para tentar amenizar os efeitos da estiagem no Paraná, cainguangues e guaranis recuperam antigos rituais

Caingangues e guaranis da maior reserva do Paraná, a Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras, no Centro-Oeste do estado, estão usando os conhecimentos de seus ancestrais para dar uma forcinha ao tempo. Em rituais, rezas e cultos, eles chamam a chuva e pedem a intervenção de Tupã para amenizar os efeitos da estiagem que toma conta do estado. E pelo tamanho da seca, uma reza só não basta.

Cada etnia já realizou seus rituais três vezes neste ano. A reportagem da Gazeta do Povo acompanhou duas dessas cerimônias, uma caingangue e outra guarani. Elas têm ritos diferentes, mas com a mesma finalidade: pedir a Tupã coky, a água que cai do céu.

Cainguangue

Os rituais dos anos 2000 pouco lembram a cena que habita o imaginário popular. No Paraná, nada de índios com corpos pintados e cocar na cabeça, dançando ao redor de uma fogueira. Os ritos são simples e no caingangue podem ser feitos de forma solitária no quintal da casa, a qualquer hora do dia, como fez Olegário Bernário, 67 anos no documento e uns 70 na memória, na última sexta-feira. Faz mais ou menos 30 anos que ele não via a estiagem castigar tanto. O tempo coincide com a última florada da taquara, que na crença indígena significa três anos de seca e miséria. Depois de 33 anos, a taquara iniciou seu ciclo no ano passado e, se a lenda se confirmar, o estado sofrerá com a estiagem até o fim de 2008. Para enfrentar uma lenda tão antiga são necessários velhos costumes.

Leia matéria completa no site da versão impressa da Gazeta do Povo. Conteúdo exclusivo para assinantes

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.