Polêmica
Os protestos realizados por indígenas vêm ocorrendo há quase um mês no Paraná:
28 de dezembro de 2009 Decreto determina o fechamento de três escritórios da administração executiva da Funai no Paraná. O atendimento passaria a ser controlado por uma coordenação em Santa Catarina.
12 de janeiro de 2010 Índios de várias etnias fazem protestos em Brasília e no Paraná. Em Curitiba, eles ocupam a sede da Funai; no interior, bloqueiam estradas.
14 de janeiro Em Mangueirinha, índios guaranis e xetás ameaçam queimar torres de energia elétrica para conseguir uma audiência, mas não cumprem a ameaça.
29 de janeiro Em Londrina, cerca de 200 índios que ocupavam a sede da Funai na cidade incendeiam um carro oficial e voltam a falar em derrubar torres de energia.
5 de fevereiro Na BR-369, em Jataizinho (Norte Pioneiro), índios invadem uma praça de pedágio da Econorte e liberam a passagem dos carros.
Londrina - Uma mulher de 34 anos continua internada em estado grave no Hospital Evangélico de Londrina, com traumatismo craniano depois que índios, que ocupam a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) na cidade, teriam jogado uma pedra no carro em que ela estava com o marido, na madrugada de sábado. Segundo o hospital, Érica Pedrão Brito respira com a ajuda de aparelhos e, no fim de semana, passou por uma cirurgia para drenar um hematoma no cérebro.A família da vítima informou que Érica e o marido estavam voltando de um churrasco. Quando eles trafegavam próximo à sede da Funai, o carro, um Fusca, foi atacado pelos índios. Os dois não teriam visto as barreiras colocadas pelos indígenas e os índios começaram a arremessar pedras. Assustado, o marido de Érica acelerou o veículo para fugir, mas um bloco de concreto, semelhante a um pedaço de meio-fio, atingiu o capô do Fusca, quebrou o para-brisa e acertou a cabeça de Érica.
Já o índio Eloi Jaci, um dos ocupantes da sede da Funai, disse que os indígenas não estão usando pedras. "Pedimos para o carro reduzir a velocidade, mas ele passou por cima das barreiras e chegou a trafegar na direção dos índios", relatou. O indígena afirmou que o ataque ocorreu minutos depois que um índio foi baleado pelo ocupante de um carro que passou em alta velocidade.
O delegado-chefe da Polícia Civil, Sérgio Barroso, afirmou que determinou ao delegado de Homicídios, Paulo Henrique Costa, que instaure dois inquéritos: um investigará a denúncia dos índios sobre a tentativa de assassinato e o outro, a agressão contra Érica. "Já estamos solicitando imagens de câmeras de segurança da região", disse.
A invasão da Funai em Londrina é uma forma de os índios protestarem contra a reestruturação da Funai, assinada pelo presidente Lula no fim do ano passado (veja cronologia ao lado). Eloi Jaci afirmou, na manhã de ontem, que os 180 índios não deixarão o local até que ocorra uma definição para o impasse.
-
Juristas infiltram ideia do “PL da Censura” em proposta de novo Código Civil
-
Bolsonaro bate Lula em pesquisa e Gilmar Mendes revela seu lado; acompanhe o Sem Rodeios
-
Governo Tarcísio muda nome de assentamento de Che Guevara para Irmã Dulce e MST reage
-
Regime de Maduro mente sobre cumprimento de acordo internacional e acusa os EUA de “extremismo”
Moraes e Dino querem 14 anos de prisão a pai da presidente da associação de presos do 8/1
Depoimento de diretor da PF confirma ilegalidades na detenção de jornalista português
CFM aprova resolução que proíbe uso de cloreto de potássio em abortos
Propostas de emenda escancaram que ameaças do novo Código Civil são reais
Deixe sua opinião