Um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que no ano passado o número de mortes por raios foi o maior de toda a década. Só no estado de São Paulo, 20 pessoas morreram.
Inédito, o levantamento feito pelo Inpe revela que em São Paulo a chance de ser atingido por um raio é de uma em dois milhões, 25 vezes maior do que a de ganhar na loteria. Em 2008, o fenômeno La Niña, que resfria as águas do Oceano Pacífico, aumentou o número de tempestades, o que também deve ocorrer nesse ano.
Um ano depois do acidente, o motorista Lourival Carlos ainda se lembra com clareza do momento em que um raio matou dois amigos deles. Eles preparavam o avião para pulverizar uma plantação numa fazenda em Valparaíso, a 570 km da capital, durante a chuva forte. Havia muitos raios. Os dois amigos se esconderam debaixo da asa do avião e foram atingidos. Carlos correu para o caminhão e foi o único a sobreviver.
De cada dez mortes por raios, duas ocorrem perto de meios de transporte. Dentro de carros, ônibus ou aviões as pessoas estão seguras, mas do lado de fora e, principalmente, sobre duas rodas, em motos ou bicicletas o risco é maior.
"O raio tem uma tendência a se aproximar de objetos metálicos, desde que eles sejam grande. Em cima de uma moto não porque os pneus são de borracha que vão proteger", disse Osmar Pinto Júnior, do Inpe.
E todo mundo conhece aquele ditado popular que diz que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Isso não é verdade. Segundo os especialistas, o mesmo lugar pode ser atingido várias vezes durante uma tempestade. Sendo assim, é bom tomar cuidado.
