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Instituições de ensino se defendem da acusação

Procuradas pela reportagem da Gazeta do Povo, as principais instituições particulares de ensino superior de Curitiba se defenderam das acusações. Por meio da assessoria, a Universidade Positivo afirmou que as substituições em seu quadro docente são feitas com base no desempenho dos professores e não de acordo com a titulação de cada um. Segundo a UP, Curitiba e região sofrem com a falta de doutores na maioria das áreas. Portanto, não faria sentido contratá-los e, em seguida, mandá-los embora. Quanto aos professores que entraram na Justiça, a universidade alegou que, seguindo determinações do MEC, entregou cartas assinadas por dezenas de professores para provar que havia docentes capacitados na região para a abertura dos cursos. No entanto, não havia nenhum compromisso de efetivá-los no cargo após a aprovação do MEC.

O pró-reitor de graduação, pesquisa e pós-graduação da PUCPR, Robert Carlisle Burnett, disse que demissões são inerentes a qualquer empresa e, também, a instituições de ensino. De acordo com ele, a PUC não tem nenhuma política de demitir doutores pelo simples fato de serem doutores e terem salários mais altos. "A qualidade do ensino está diretamente ligada à qualificação dos professores", declarou. "Além disso, o próprio MEC exige a presença de mestres e doutores no nosso corpo docente."

Por meio das assessorias, a Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e as Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil) afirmaram que não praticam esse tipo de política e que possíveis demissões não têm relação com a titulação dos professores.

Já o MEC disse que verifica periodicamente o cumprimento da Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional (LDB), por meio do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O Ministério alegou ainda que não pode interferir na autonomia de contratação das instituições, por se tratar de uma questão mais trabalhista do que educacional. Com relação a possíveis fraudes – como o pagamento a professores apenas para que assinem a documentação dos cursos –, o MEC pediu à população que denuncie casos como esse, já que a entidade não pode estar presente a todo momento nas mais de 2 mil instituições privadas do país. (ELG)

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