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"Governador Roberto Requião,

Talvez nem devesse estar lhe escrevendo, mas arrisco fazê-lo diante daquilo que são valores caros para mim.

Desde ontem (30 de outubro) assisti, mais uma vez, a tentativa de meu fuzilamento alegórico. São sempre os mesmos que estão a fazer isso há algum tempo, procurando avidamente (loucamente seria melhor) encontrar algo capaz de denegrir a minha imagem. O seu silêncio, lamentavelmente posto mais uma vez para comigo, que já assistia de camarote essa investida, é sintomático.

Será que uma mera oferta de contratação profissional lícita, recusada, seja por que motivo for, é suficiente para por em xeque valores conquistados com esforço pessoal? Será que isso é capaz de se tornar maior e por em risco sério a negociação das ações da Sanepar, até pela quebra da confidencialidade patrocinada por seus ignorantes asseclas?

Hoje pude viver, uma vez mais, o supra-sumo do que é o Governo Requião. Os puxa-sacos, ignorantes que o cercam e que o afundam cada vez mais, têm me combatido com mau esmero. Saber do silêncio do Roberto Requião, de suas lamúrias e dúvidas sobre a minha pessoa, só me fazem concluir (o que é difícil para mim), que ele nunca acreditou na minha postura de, um dia, a alavanca de seu governo e, como dizem, "o homem forte". Talvez o Roberto Requião só tenha confiado no Sergio Botto de Lacerda antes dele ingressar no seu governo, enquanto seu advogado nunca remunerado profissionalmente, mas que o ajudou em poucas e boas.

Usou-me o quanto pode, mas nunca ousou ser leal e firme como diz ser em seu governo e em outras relações com os seus subalternos que dele dependem. O supra-sumo foi saber que o glorioso e competente PHX (Paulo Henrique Xavier) deu entrevista coletiva para comentar a questão. Sobre aquilo que seriam honorários advocatícios (e ele sabe do que se trata, pois é advogado), tratou como sendo comissão. É, para os espertos, seria uma "comissão" com contrato de honorários escrito e com recusa da comissão, também por escrito.

É de pasmar, num governo em que o próprio governador diz só haver ladrões (li num desses pasquins ontem), alguém receber oferta de comissão por escrito, responder por escrito e ainda recusar a comissão!O cara deve ser louco mesmo! Depois, saber que um deputado chamado Traiano de tal (deputado Ademar Traiano), aos brados e sob o covarde manto de imunidade parlamentar, acusou-me de patrocínio infiel, o que fez diante também do silêncio do líder do governo, o jurisconsulto Romanelli (deputado Luiz Cláudio Romanelli), revelado o grande jurista atual ao defender a ilegitimidade do Estado do Paraná para haver imposto de renda seu por previsão constitucional.

De outra parte, felizmente, muitos dos que são agredidos em público pelo governador, por suposta incompetência, por suposta desonestidade, foram capazes de ter uma conduta de Homem ou de Mulher para comigo.Telefonar-me e dizer que os canalhas não desistem.

De minha parte, nada mais espere senhor governador, nem mesmo a nunca existente "amizade", cujo conceito é de grande relevância, dizem os apedeutas. Nem mesmo piedade.

Não permitirei que bajuladores, incompetentes e omissos sejam capazes de me desonrar. Não admitirei nem mesmo que o hoje governador e o ontem e o futuro Roberto Requião façam isso, nem mesmo pelo obsequioso o amedrontado silêncio. Possuo, além de capacidade profissional, origem e caminho percorrido suficientes para me amparar mesmo diante desse desgoverno.

Como Homem que sou, capaz de compreender todo o contexto onde se dá essa sordidez de atuação animal, tinha de lhe dizer isso. Pena só que não foi olho nos olhos. Mas, se desejar debater filosofia de vida ou mesmo relacionamento político e social, estarei no endereço conhecido.

Governador: assuma, como responsável pelo que ocorre em seus domínios, a responsabilidade que cabe a cada um, seja pela omissão, seja enérgica atuação em momentos de crise.

Nossa reaproximação se deu para mim como um engodo. Com o coração aberto e alertado pelos próximos, arrisquei acreditar na sua capacidade de justiça. Enganei-me ou fui enganado.

As funções que me foram delegadas novamente, no Conselho da Elejor, no Conselho do ParanaPrevidência, ambas assumidas e que fiz honrar o meu nome, estão a sua disposição. A do Conselho da Copel, nunca assumida depois de minha renúncia como é do seu pleno conhecimento, igual e principalmente. Talvez todas sirvam para acomodar os seus apaniguados.

Não sou e nunca fui sei lacaio. Tenho a clareza de minha autocrítica e a plena consciência daquilo que é certo e do que é errado. Mas, sinceramente, tenho limites. A sua permissividade e a sua capacidade de não se impressionar diante do que ocorre, me espantam.

Esse o meu desabafo de HOMEM, o qual, pela clareza do livre arbítrio que tenho, tornarei público.

Sergio Botto de Lacerda

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